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Capital

Apesar de preço igual, mototaxistas dizem que não perderam para Uber

Categoria afirma que no Centro movimento continua o mesmo; Taxista está revoltado com serviço sem regulamentação

Yarima Mecchi e Anahi Zurutuza | 12/12/2016 16:10
Mototaxistas têm ponto na Praça Ary Coelho. (Foto: Anahi Zurutuza)
Mototaxistas têm ponto na Praça Ary Coelho. (Foto: Anahi Zurutuza)

Apesar do preço praticamente igual entre os motorista do Uber e os mototaxistas, o condutores que percorrem a cidade em duas rodas garantem que o movimento não caiu para a categoria. Os entrevistados trabalham no Centro de Campo Grande e observam que esse pode ser o motivo do movimento ser o mesmo.

"Não tem tanta concorrência. A gente que trabalha no centro não sentiu, mas pode ser que o pessoal as vilas tenha sentido um pouco", declarou o moto-taxista que se identificou apenas como Itamar.

Uma corrida de mototaxi da rua João Pessoa, no bairro São Francisco, até a rua da Paz, no Jardim dos Estados, custa R$ 10. O mesmo trajeto de Uber varia entre R$ 6 e R$ 12, o preço mais alto é quando tem menos disponibilidade de carro, por exemplo.

Itamar lembra que nos bairros as pessoas estão em casa e tem mais, geralmente, mais tempo para esperar o carro ao contrário de quem está no Centro e muitas vezes com pressa.

O mototaxista Antônio Carlos, de 48 anos, com 20 anos de profissão disse que fora dos horários de pico sentiu uma redução no número de passageiros. Ele ressalta que o público é outro e que apenas nos primeiros dias houve realmente uma queda no movimento.


Antônio disse que concorda com os taxistas e considera o Uber uma serviço irregular. "É completamente clandestino, não tem preparo, não é profissional. Acho que os taxistas estão no direito deles".


Um condutor que não quis se identificar disse que o prefeito eleito, Marquinhos Trad (PSD) deve tomar uma providência e não pode deixar de se preocupar. "Temos quer nos preocupar porque daqui a pouco tem ônibus e moto Uber. Não sei o que esse prefeito vai fazer, mas é clandestino".

Taxistas usam adesivo de manifesto contra Uber. (Foto: Anahi Zurutuza)
Taxistas usam adesivo de manifesto contra Uber. (Foto: Anahi Zurutuza)

Taxista - Na outra ponta da questão está o taxista Alexandre Azevedo, de 33 anos, e trabalha há 7 como taxista. Ele está revoltado com o serviço sem regulamentação e conta que perdeu dez clientes fixos, além de uma redução de 50% no movimento.

"Só não perdi os clientes que não sabem lidar com tecnologias e continuam usando taxi, mas o restante eu pedi tudo".

Sindicato - Apesar dos taxistas afirmarem que não perderam movimento, cerca de 100 moto-taxistas participaram da manifestação dos taxistas contra o Uber no na quarta-feira (7).

Durante a manifestação o presidente do Sindicato dos Mototaxistas, Dovair Caburé, disse que a categoria se organizou de forma pacifica para pedir o fim do aplicativo ou seja regularizado. “Desde a criação do Uber o movimento diminuiu cerca de 60%, lamenta.

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