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Capital

Após apanhar por 14 anos, mulher toma coragem e denuncia marido

Renan Nucci | 30/09/2014 20:19

Depois de 14 anos de tensão e sofrimento, uma vendedora autônoma de 33 anos, moradora no Jardim Centenário, em Campo Grande, tomou coragem para denunciar o marido violento. Na manhã desta terça-feira (30), ela procurou a Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher) para relatar a violência doméstica a qual foi vítima por tanto tempo.

A mulher explicou que desde o início do casamento o marido, de 32 anos, sempre foi uma pessoa emocionalmente instável e por diversas vezes a ameaçou. “Ele vivia fora, enquanto eu ficava cuidando da casa e trabalhando. Enciumado, dizia que iria quebrar tudo, que eu iria pagar por tudo”, relata.

A vendedora diz que, além das ameaças, era agredida verbalmente com frequência e em algumas ocasiões chegou a ser atacada. “Ele me empurrava, me jogava para os lados e até me mordia”, disse ela, lembrando que o temperamento difícil do marido afetava a duas filhas do casal, de oito e dez anos. “As meninas começaram a ir mal na escola por causa dos problemas em casa”.

Durante esse tempo todo ela disfarçava as agressões e tentava contornar a situação. “Eu pensava nas minhas filhas. Apesar de tudo, queria que elas crescessem em uma família unida, com pai e mãe presentes, mas infelizmente a situação chegou a tal ponto que tive que por um fim ao casamento”, disse. Após os 14 anos de idas e vindas, determinou o rompimento definitivo.

A vítima explicou que as ameaças e agressões passaram a ficar mais sérias, e por isso, temendo pela própria segurança e também pela integridade das filhas, procurou a polícia, pois o homem não aceita o fim do relacionamento. “Ele não quer o fim, mas vai ter que ser assim. Agora que denunciei à polícia, me sinto mais tranquila e acredito que a justiça será feita. No fundo, não quero que ele se prejudique. Ele é uma pessoa transtornada e precisa de tratamento”.

Medidas Protetivas - Também nesta terça-feira, a Deam apresentou 19 homens presos por violência doméstica, dentre os quais a maioria deles, segundo a delegada Rosely Molina, havia cometido o crime de desobediência, em descumprimento de medidas protetivas prevista na Lei Maria da Penha. Na oportunidade, polícia aproveitou para reforçar a efetividade das medidas, mecanismo utilizado na proteção das vítimas.

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