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Capital

Após dezenas de assédios, delegacia pede internação de rapaz com doença mental

Jovem de 23 anos tem esquizofrenia e pode ser agredido e até morto se continuar em liberdade, diz polícia

Lucia Morel | 08/03/2022 17:57
Após dezenas de assédios, delegacia pede internação de rapaz com doença mental
Prédio da UBSF Serradinho, onde uma das ocorrências de importunação ocorreu. (Foto: Google Maps)

No dia de ontem, a Polícia Militar recebeu diversos chamados referentes a casos de importunação sexual na região do bairro Nova Campo Grande. Pela manhã, foram três e à tarde mais dois, sendo um deles em flagrante.

Os relatos eram de mulheres que contavam que homem vestido com blusa azul e short preto as abordava, mostrava as partes íntimas e começava a se masturbar. No primeiro caso que chegou à PM, a mulher dizia que voltava a pé para casa quando o rapaz se aproximou dela, se masturbando e a acompanhou assim até que ela entrasse em casa.

Ele ainda tentou encostar a vítima no muro, quando ela gritou e sua vizinha veio em socorro. Mesmo assim, portando uma faca de serra e ainda com o pênis para fora, tentou entrar na casa com elas e dizendo que ia estupra-las. Elas conseguiram trancar o portão e ligaram para a polícia.

Já à tarde, uma das ocorrências foi na Unidade Básica de Saúde do bairro Serradinho, onde agente de saúde viu o homem de masturbando e olhando fixamente para ela no local. Ele foi expulso por populares, mas em seguida, numa rua do bairro, abordou mais duas mulheres que estavam sentadas em frente de casa e realizando os mesmos atos.

A polícia conseguiu localizá-lo e prendê-lo, mas não ficou preso, por ser inimputável. O rapaz, de 23 anos, tem esquizofrenia e já chegou a ser preso em flagrantes em janeiro, quando também foi liberado devido à doença mental.

Morador do bairro Jardim Anache, com a mãe, o jovem conseguiu fugir de casa e foi então atacar em outras localidades. Contatado, o pai dele contou sobre a situação do filho, que ao primeiro descuido da mãe, pega a chave de casa e abre o portão para fugir.

Ele chegou a ficar hospitalizado na Santa Casa entre 16 de fevereiro a 2 de março, quando voltou para casa.

Risco – ao saberem que o homem não ficaria preso, as vítimas se desesperaram e relataram à polícia – tanto à PM quanto à Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher) – que algo pior poderia acontecer ao homem, já que uma delas chegou a dizer que o marido havia dito que se o autor aparecesse faria “justiça com as próprias mãos”.

Outra chegou a dizer que a população poderia agredi-lo a qualquer momento ou mesmo matá-lo se continuar em liberdade, já que é conhecido como um “tarado” e não como doente mental.

Diante disso, a Deam representou pela internação compulsória do rapaz de 23 anos, pedindo hospital de custódia à Justiça. O caso ainda não foi analisado.

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