Após inauguração frustrada, clima em feira livre agora é de entusiasmo
Após ter a inauguração barrada pela prefeitura em 12 de janeiro, a feira livre do bairro Rita Vieira, localizado na região sul de Campo Grande, foi aberta nesta quinta-feira (2), contando já com 81 barracas com vários produtos e alimentos. A feira ficará na rua Rita Vieira de Andrade, a partir do cruzamento com a rua Rotterdam.
Entre os feirantes, o clima de frustração do mês passado foi substituído hoje pelo entusiasmo. "Se Deus quiser, vou faturar", comenta Anne Caroline, de 20 anos. Ela trabalha vendendo pastéis em várias feiras e estava na inauguração frustava no mês passado. "Foi uma decepção", revela a jovem, que tinha a quinta como o único dia livre.
"A gente só tem a comemorar", diz Rosângela Cardeal, professora de artesanato da Associação de Moradores do Rita Vieira. Ela conta que foi umas das mobilizadores da feira, que era planejada desde julho do ano passado. "Precisávamos de um local para vender o artesanato dos alunos da associação", frisa.
Já para a população, a feira é vista com bons olhos. Esse é o caso de Nilton Neri, de 60 anos. Morador do Rita Vieira há 20 anos, ele foi à feira com a mulher, Clarice, de 54 anos, e os netos Caio e Adryan, respectivamente, com seis e 10 anos. "Achei excelente uma feira aqui no bairro. É uma opção a mais de lazer", opina Neri.
Estrutura - As 81 barracas da feira do Rita Vieira ficarão ali, no cruzamento das ruas Rita Vieira e Rotterdam, entre 16h e 22h, às quintas. O funcionamento ainda é feito em caráter experimental, por 60 dias. Banheiros químicos foram disponibilizados pela prefeitura, conforme promessa do prefeito Marquinhos Trad (PSD) em encontro com os feirantes.
Além disso, equipes da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) auxiliaram o trânsito no local e da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana) realizam a fiscalização da feira.
"O único problema que havia antes era a questão do trânsito. Agora a permanência da feira aqui só depende da população. Se ela se opôr, os feirantes terão que procurar outro lugar. Mas a princípio, ela será aqui mesmo", explica o servidor da Gerência de Fiscalização da Semadur, Antônio Celso.
Por causa do trânsito, o ponto de realização da feira subiu algumas quadras. Deixando livre o trânsito até a Rotterdam, foi evitado que o acesso mais prático àquela área fosse fechado, fazendo com que os moradores tivessem que dar a volta, ainda no prolongamento da avenida Interlagos, para acessar à Três Barras e desviar da feira.
"A feira é uma demanda dos próprios moradores. É algo que vai gerar emprego e renda", argumenta o gestor do Clube Social do Feirante, Antônio Carlos da Silva. O clube é o responsável por administrar a feira do Rita Vieira. "Agradeço a prefeitura por entender a importância dessa feira e disponibilizar banheiros químicos, ajudar no trânsito", completa.
