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Capital

Após multa, adiamento e atraso, julgamento começa sem assassino

O primeiro júri sobre o caso, em março deste ano, foi adiado e a advogada do réu multada em mais de R$ 9,5 mil

Geisy Garnes e Bruna Kaspary | 16/05/2018 10:12
Julgamento começou sem a presença de Wilson, que está foragido (Foto: Saul Schramm)
Julgamento começou sem a presença de Wilson, que está foragido (Foto: Saul Schramm)

O Tribunal do Júri de Campo Grande julga nesta terça-feira (16) Wilson Corrêa de Arruda, vulgo Buguinho - pela morte de Ewerton Ferreira dos Santos em maio de 2015. Sem a presença do réu, os jurados escutam os depoimentos do MPE (Ministério Público Estadual) e da defesa do acusado.

O primeiro julgamento estava marcado para o dia 28 de março deste ano, mas foi adiado pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos depois que Wilson e a advogada Carine Beatriz Giaretta, não compareceram ao Tribunal do Júri. A ausência resultou em um multa de R$ 9.540,00 para a defensora do caso.

Uma nova data foi marcada pelo juiz, que também determinou a presença de um defensor público para o caso de Wilson, “ a fim de evitar um novo adiamento”. Nesta manhã, mais uma vez, a advogada faltou o julgamento, que começou com o atraso do defensor Rodrigo Antônio Stochiero Silva.

O atraso de 50 minutos foi comunicada ao juiz e por isso não causou um novo adiamento do júri. “Só quero ressaltar que essa ação da advogada prejudicou a defesa do réu”, afirmou Rodrigo Antônio Stochiero Silva ao chegar no Fórum de Campo Grande.

Com a cadeira destinada ao réu vazia, já que mais uma vez Wilson continua foragido e não compareceu ao tribunal, o promotor do MPE (Ministério Público Estadual) começou o depoimento de denúncia contra o suspeito.

“Buguinho” responde por homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima.

Entenda o caso - No dia 15 de maio Wilson matou Ewerton Ferreira dos Santos em uma conveniência da Rua dos Cafezais, no Jardim das Macaúbas. Testemunhas contaram que na data, o suspeito se aproximou da vítima, que já deixava do bar, e efetuou vários disparos contra ela.

Mesmo ferido Ewerton tentou correr, mas caído e foi ferido por mais dois disparos. Ele chegou a ser socorrido ao Hospital Universitário, mas não resistiu aos ferimentos. Segundo a polícia, uma discussão semanas antes motivou o crime.

Quase dois anos depois, o julgamento de Wilson foi marcado, mas sem a defesa, foi cancelado. Pela falta, o juiz multou Giaretta em dez salários mínimos, um total de R$ 9.540,00 e decretou a prisão preventiva do réu, já que além do júri, ele faltou também todas as audiências sobre o caso.

Na época, a advogado do acusada alegou que iria recorrer a decisão do juiz sobre a multa e afirmou que aos menos três testemunhas da defesa não teriam sido encontradas em tempo hábil para o julgamento, prejudicando assim a defesa.

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