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Capital

Advogada vai recorrer de multa e diz que júri não podia ter sido marcado

Testemunhas da defesa, necessárias para realização do júri, não teriam sido encontradas pela justiça. Um pedido de adiamento foi feito, mas negado. Contudo, a defesa alega que a audiência não poderia ser realizada sem a presença das testemunhas.

Adriano Fernandes | 28/03/2018 23:08

A advogada Carine Beatriz Giaretta vai recorrer da multa de R$ 9,5 mil por ter faltado a um julgamento nesta quarta-feira (28), na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande.

Carine também contesta a realização do júri, sem que estivessem presentes as testemunhas de defesa de seu cliente Wilson Corrêa de Arruda, de 25 anos, acusado de matar a tiros Ewerton Ferreira dos Santos, em maio de 2010.

Aos menos três testemunhas da defesa não teriam sido encontradas em tempo hábil para a audiência desta quarta-feira (28). Por conta disso um pedido de adiamento foi feito no último dia 16, mas que foi negado.

“Quando o juiz negou a possibilidade de fazer mais uma tentativa de intimação, ele também negou o direto de defesa do réu. Um tribunal do júri não poder ser realizado sem a produção de prova da defesa. Um princípio básico de um estado democrático de direito”, comenta.

Por conta da ausência na audiência o juiz Aluízio Pereira dos Santos multou a advogada e também decretou a prisão preventiva de Wilson. “Esse tipo de multa é aplicada em caso de abandono processual. O que não houve em momento algum. Vou buscar os meios jurídicos para recorrer essa multa”, pontua a defensora.

O júri - O juiz Aluízio Pereira dos Santos, a promotora de justiça Aline Mendes Franco Lopes, dois analistas judiciais e os 21 jurados, esperaram por mais de 30 minutos no plenário do Júri, no edifício do Fórum de Campo Grande, mas nem advogada, nem cliente, apareceram.

Pela falta, o juiz multou Giaretta em dez salários mínimos, um total de R$ 9.540,00. No documento anexado ao processo, o magistrado explicou que o réu não compareceu a nenhuma das audiência sobre o caso.

Durante a ação, a defesa pediu que os depoimentos fossem feitos à distância, alegando mudança do suspeito para Sidrolândia e depois para Belém (PA), mas ele nunca foi localizado, ou ouvido. Wilson agora é considerado foragido, com mandado de prisão preventiva decretado.

O caso - Consta na acusação que no dia 15 de maio de 2010, Wilson matou Ewerton Ferreira em uma conveniência da Rua dos Cafezais, no Jardim das Macaúbas. Testemunhas contaram que na data, o suspeito se aproximou da vítima, que já deixava do bar, e efetuou vários disparos contra ela.

Mesmo ferido Ewerton tentou correr, mas caído e foi ferido por mais dois disparos. Ele chegou a ser socorrido ao Hospital Universitário, mas não resistiu aos ferimentos. Segundo a polícia, uma discussão semanas antes motivou o crime. O réu foi indiciado por homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima.

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