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Capital

Após prisão de assassino, família abre portas e janelas de casa

Graziela Rezende | 02/04/2014 10:15

Trancafiados há 64 dias, por conta de ameaças de morte e o assassinato da decoradora Mauryani Melgarejo, 29 anos, a família diz estar aliviada com a prisão do autor, Francisco Ubirajara Marques, o Bira, 53 anos. “A primeira coisa que fizemos ontem (1) foi abrir todas as portas, janelas e comemorar muito. Estamos aliviados e esse sentimento só irá acabar se ele sair logo da cadeia”, diz a mãe da vítima, de 54 anos.

Segundo a mãe de Mauryani, uma denúncia anônima levou a Polícia ao paradeiro do autor. Em depoimento, ele alega que houve uma discussão com a vítima antes do crime. “O marido da minha filha esteve aqui ontem, muito contente com a notícia. No entanto, ele presenciou o crime e ressaltou mais uma vez que Francisco apenas disse para Mauryani não escrever mais cartas para minha irmã, matando ela em seguida. Ela não teve reação, não houve discussão alguma”, comenta a mãe.

O próximo passo da família, segundo a mãe da vítima, é garantir a guarda dos netos. “Eles estão estudando, brincando e com uma vida saudável. Espero que continue assim”, diz.

Sobre o autor, ele permanece preso por este assassinato e também um crime de roubo, já que ele era considerado foragido da Justiça. Após descobrir o esconderijo do autor, o que chamou a atenção dos policiais é o fato dele viver por mais de dois meses em um acampamento montado na mata entre Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti.

Crime – No dia 18 de janeiro, Mauryani foi alvejada às 19h20, na rua Tembes esquina com a Tupina, Jardim Leblon. Conforme a Polícia, a vítima estava em casa, que fica nos fundos de um restaurante, quando o autor chegou de moto e entrou pelo estabelecimento que dá acesso ao imóvel.

A vítima estava no quarto junto com a filha, quando Francisco disparou cerca de cinco tiros em direção a Mauryani. Ela foi atingida por dois disparos, um no rosto, que saiu pelo pescoço, e um nas costas.

No dia do velório, não bastasse ter matado a decoradora, Francisco ainda interrompeu, por diversas vezes, o velório da vítima e ameaçou a família inteira de morte. Na ocasião, a Polícia teve de ir ao local para recolher o celular onde surgiam as ligações. Eles disseram que o autor “pedia para escolher qual tipo de morte querem, de tiro ou de faca”.

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