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Capital

Caminhoneiro fica refém por 21 horas durante roubo em Campo Grande

Viviane Oliveira e Luana Rodrigues | 07/01/2016 08:53
Sujo de barro, vítima relata momento de terror que passou em poder dos bandidos. (Foto: Marcos Ermínio)
Sujo de barro, vítima relata momento de terror que passou em poder dos bandidos. (Foto: Marcos Ermínio)

Motorista de 48 anos ficou refém de bandidos por cerca de 21 horas em Campo Grande durante roubo de um caminhão Volvo, de cor vermelha. O crime aconteceu por volta das 5h de quarta-feira (6), mas a vítima só foi liberta pelos criminosos na madrugada de hoje (7).

Durante todo o tempo, o caminhoneiro ficou com capuz na cabeça e sob efeito de um comprimido. Segundo a versão do motorista, ele foi obrigado pelos assaltantes a tomar.

Hoje de manhã, na delegacia, a vítima contou que parou o caminhão para ir ao banheiro, próximo ao Trevo Imbirussú, e foi surpreendido com uma pancada na cabeça. “Eles colocaram um capuz em mim e me jogaram dentro de um veículo”, conta, suspeitando que o carro usado pelos ladrões era um Gol prata. O caminhoneiro não conseguiu ver em nenhum momentos se os bandidos estavam armados.

Ele foi levado para uma área de terra, jogado no chão e obrigado a tomar vários comprimidos. No total, eram quatro homens, segundo depoimento da vítima ao Campo Grande News. “Não cheguei a desmaiar, mas fiquei com o corpo mole e com o sentido alterado. Não conseguia entender o que eles falavam”, relatou.

Depois de um dia e quase uma noite, a vítima foi abandonada pelo bando perto do lixão, que fica no anel viário na BR-262. “Caminhei por muito tempo até a rotatória da saída para São Paulo, foi onde pedi ajuda para os frentistas de um posto de combustíveis. “Eles acionaram a polícia e me levaram até a delegacia”, conta.

O caminhoneiro mora em Barra Bonita (SP) e viajou a Campo Grande com carregamento de madeira. No dia do crime, como estava chovendo, a vítima deixou a carga em um posto e por orientação do patrão seguia até a empresa Volvo para fazer manutenção no veículo. “Foi nesse meio tempo que aconteceu o roubo,” lamenta.

A vítima contou que está na profissão há 25 anos e nunca havia passado por situação semelhante. “Cheguei a conclusão de que a vida não vale nada. Pensei que ia morrer”, lamenta. O caminhoneiro registrou o boletim de ocorrência na Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos) e, até o fechamento deste texto, não há informações sobre o caminhão.

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