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Capital

Campanha alerta para os cuidados e sintomas da endometriose

Doença considerada devastadora atinge cerca de 6 milhões de mulheres em todo o País

Michel Faustino | 28/03/2015 11:26
Campanha alerta para os cuidados com a doença. (Foto: Marcos Ermínio)
Campanha alerta para os cuidados com a doença. (Foto: Marcos Ermínio)

Com o objetivo de alertar para os sintomas e riscos da endometriose, doença que segundo a Associação Brasileira de Endometriose afeta cerca de seis milhões de mulheres em todo o Brasil, foi realizada na manhã deste sábado (28) a 2ª edição da marcha pela conscientização da doença. Os participantes se concentraram na Praça Ary Coelho e percorreram a 14 de julho até a Barão do Rio Branco entregando material informativo.

A campanha é uma realização da Procuradoria Especial da Mulher em alusão a semana municipal de conscientização da endometriose (13 a 21 de março) e conta com o apoio de voluntários, em parte, mulheres que tiveram complicações por conta da doença.

É o caso da psicologa Cristiane Oshiro, 39 anos, que após ser diagnosticada com a doença sentiu na pele as dificuldades em se lidar com o “problema”. “Eu tinha muita dor e tive muitos problemas por conta da doença. Cheguei a ficar quase um ano sem condições de trabalhar. É uma condição muito terrível porque afeta tudo. Até no relacionamento com o parceiro, porque sentimos muita dor. ”, disse.

Cristiane conta que, felizmente, a doença apareceu somente depois dela ter tido os filhos, dois meninos, um de 16 e outro de 12 anos.

“Eu precisei retirar o útero em decorrência das complicações da doença. E isso interrompeu a possibilidade de ter outros filhos”, comenta.

Outro problema enfrenta por Cristiane foi a falta de atendimento especializado no Estado. Ela conta que teve que buscar tratamento para a doença em São Paulo (SP).

Cristiane relata que sentia muita dor e precisou ficar afastada do trabalha por conta da doença. (Foto: Marcos Ermínio)
Cristiane relata que sentia muita dor e precisou ficar afastada do trabalha por conta da doença. (Foto: Marcos Ermínio)
Leila teme que doença interrompa seu sonho de ser mãe. (Foto: Marcos Ermínio)
Leila teme que doença interrompa seu sonho de ser mãe. (Foto: Marcos Ermínio)

“Infelizmente eu tive que ir para São Paulo para fazer a cirurgia, porque aqui eles não fazem as cirurgia a lazer, que é menos agressiva. E outro problema é de que não é um tratamento barato e para fazer via SUS é muito complicado”, disse.

Dilema vivido por Leila Pacheco da Silva, 42 anos, que convive com os sintomas desde os 15 anos e em 2011 foi diagnosticada com a doença. Ela conta emocionada que na época, chegou a passar por cirurgia, no entanto, o seu quadro se agravou e hoje se sente “refém da doença”.

“Hoje eu sou refém dessa doença. Fiquei desempregada porque não conseguia mais trabalhar de tanta dor que eu sinto. Entrei em depressão e minha vida a cada dia que passa está pior. Infelizmente eu não tenho condições de pagar uma cirurgia e quanto chego aqui a primeira coisa que eles (médicos) falam é para tirar meu útero, mas isso eu não quero. Mesmo aos 42 anos eu ainda tenho o sonho de ser mãe”, finalizou

Sintomas - Os principais sintomas da endometriose são dor e infertilidade. Aproximadamente 20% das mulheres têm apenas dor, 60% têm dor e infertilidade, e 20% apenas infertilidade.
Existem mulheres que sofrem dores incapacitantes e outras que não sentem nenhum tipo de desconforto. Entre os sintomas mais comuns estão:

• Cólicas menstruais intensas e dor durante a menstruação;
• Dor pré-menstrual;
• Dor durante as relações sexuais;
• Dor difusa ou crônica na região pélvica;
• Fadiga crônica e exaustão;
• Sangramento menstrual intenso ou irregular;
• Alterações intestinais ou urinárias durante a menstruação;
• Dificuldade para engravidar e infertilidade.
A dor da endometriose pode se manifestar como uma cólica menstrual intensa, ou dor pélvica/abdominal à relação sexual, ou dor “no intestino” na época das menstruações, ou, ainda, uma mistura desses sintomas.

A dor da endometriose pode se manifestar como uma cólica menstrual intensa, ou dor pélvica/abdominal à relação sexual, ou dor “no intestino” na época das menstruações, ou, ainda, uma mistura desses sintomas.

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