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Capital

Campanha de vacinação contra o HPV quer imunizar 51,2 mil meninas em MS

Flávia Lima | 11/09/2015 12:56
Meninas entre 9 e 11 anos que não foram imunizadas também devem procurar os postos. (Foto:Divulgação)
Meninas entre 9 e 11 anos que não foram imunizadas também devem procurar os postos. (Foto:Divulgação)

A segunda fase da campanha de vacinação contra o HPV pretende imunizar 51.254 meninas entre 9 e 11 anos em Mato Grosso do Sul, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde. A meta corresponde 80% da população de mulheres nesta faixa etária no Estado, que é de 64.068. Segundo a coordenadora de imunização da SES, Kátia Mougenot, o Ministério  da Saúde enviou 40 mil doses para o início da campanha. Novas doses devem ser enviadas conforme a utilização.

A mobilização nacional teve início nesta quinta-feira (10), com lançamento pelo Ministério da Saúde da segunda etapa da vacinação, que teve sua primeira campanha em 2014 e foi direcionada ao grupo de meninas entre 11 e 13 anos.

No entanto, segundo Kátia Mougenot, as meninas que não foram imunizadas ano passado podem procurar os postos de saúde para tomar a dose. Ano passado 77.134 meninas foram vacinadas em Mato Grosso do Sul com a primeira dose. A quantidade ultrapassou a meta de 63.624 meninas e atingiu 121,24% de cobertura vacinal. Entretanto, na campanha do primeiro semestre deste ano, apenas 37.827 meninas foram vacinadas, o que corresponde a 59,04% da meta de 64.068 meninas.

Na opinião de Kátia, ainda existe um grande tabu que envolve a vacina contra o HPV, já que sua principal via de transmissão é através da relação sexual. "Muitas mães ficam confusas e não sabem como abordar o tema, mas a importância dessa mobilização é a prevenção, já que a vacina tem como objetivo diminuir a quantidade de câncer de colo uterino no futuro”, explica.

Outros fatores que também contribuíram com a queda no número de meninas imunizadas é quanto ao pensamento equivocado de algumas famílias de que a vacina é um tipo de contraceptivo ou que incentivaria a prática sexual. "São informações disseminadas pelas redes sociais sem nenhum fundamento. É importante as famílias tomarem conhecimento e se informarem sobre a real utilidade da vacina", diz.

Também há uma parcela das adolescentes que acredita que a vacina causará reações graves. "Ela é um fármaco como qualquer outro medicamento que pode causar algum mal estar, mas ocorre que se alguma menina tomar e disser que sentiu alguma coisa, vira uma reação  em cadeia", afirma Kátia.

A falta de estrutura em alguns municípios também dificultou a segunda fase da campanha no primeiro semestre, que devido a falta de pessoal, não conseguiu desenvolver ações semelhantes a do ano passado, quando a meta alcançada foi acima do esperado.

A imunização contra HPV é composta por três doses. No esquema de vacinação para o público feminino com idades entre 9 e 13 anos, lembrando que as meninas que iniciaram o esquema aos 13 anos devem completar o esquema mesmo que já tenham feito 14 anos de idade. A segunda dose deve ser tomada seis meses após a primeira e a terceira, cinco anos após a primeira dose.

Segundo Kátia Mougenot, a campanha começou com foco nas meninas entre 11 e 13 anos porque nessa faixa etária a resposta imunológica é mais eficaz, por isso somente esse ano o grupo de menor idade será o foco.

Ela ressalta que as meninas que não tomaram a primeira dose da vacina em 2015 e aquelas de 11 a 13 anos que não fizeram a primeira ou segunda dose em 2014 devem procurar os postos de saúde para que seja dada a sequência no ciclo de vacinação.

ContágioO HPV é um vírus contagioso que pode ser transmitido com uma única exposição, por meio de contato direto com a pele ou mucosa infectada. Sua principal forma de transmissão pode ocorrer via relação sexual, mas também há contagio entre mãe e bebê durante a gravidez ou o parto, é a chamada transmissão vertical.

Inicialmente assintomática, a infecção por HPV pode evoluir para lesões de pele e mucosas, em alguns casos também ocasiona o surgimento de verrugas genitais. Quando não tratada corretamente, essas lesões podem evoluir para um quadro de câncer genital, como o câncer de colo de útero, cuja doença tem como principais sintomas dores, corrimento ou sangramento vaginal.

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