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Capital

Campo Grande espera ser priorizada em liberação de vacina contra a raiva

Aline dos Santos | 13/08/2011 12:05
Equipes do CCZ percorrem Jardim Anache para vacinar cachorros. (Foto: João Garrigó)
Equipes do CCZ percorrem Jardim Anache para vacinar cachorros. (Foto: João Garrigó)

Com um caso de raiva confirmado, Campo Grande deve ser priorizado para receber a vacina antirrábica. Pelo menos esta é a expectativa da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). “Assim que as doses da vacina forem liberadas, o Ministério da Saúde vai encaminhar”, afirma a secretária-ajunta de Saúde, Ana Lúcia Lyrio.

Contudo, a quantidade de vacina foi reduzida desde o ano passado, quando, após mortes de animais, a campanha de imunização foi suspensa. Neste ano, por falta de vacina para importação, o Ministério da Saúde anunciou que iria priorizar 11 Estados, incluindo Mato Grosso do Sul. A previsão é que a campanha no Estado ocorra em setembro.

De acordo com a secretária-adjunta, em 2010, até a suspensão, 70% da população de cães e gatos foi imunizada. Ela explica que como é realizada de casa em casa, a Capital sempre se aproxima dos 100% de cobertura vacinal. “Inclusive, houve vacinação na região do Jardim Anache, onde foi confirmado o caso”, afirma.

A Sesau também fará exames para definir a origem do vírus transmitido para o cachorro. O mais provável é que seja um morcego hematófago, pois a região tem chácaras no entorno. De forma emergencial, o governo federal repassou 1.300 doses.

Equipes do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) percorrem o bairro, localizado na região Norte, para imunizar os animais. “Foi feito o bloqueio. Todas as pessoas que tiveram contato com o animal doente foram vacinadas”.

O caso foi confirmado no dia 5 de agosto, mas chegou ao conhecimento público uma semana depois.

O animal diagnosticado com raiva morreu no 11º dia após morder um adolescente de 16 anos. O garoto recebeu vacina no posto de saúde do Nova Bahia. Preocupada, Maria Anita Alves Maxi, de 68 anos, monitorou o animal, que pertencia a um vizinho.

Quando soube da morte, ela alertou as autoridades de saúde. De praxe, a pessoa mordida por cachorro recebe vacina contra a raiva e o CCZ é avisado para monitorar o animal pelo prazo de dez dias.

O animal com raiva apresenta sinais clínicos como alterações de comportamento, depressão, demência ou agressão, dilatação da pupila, fotofobia (medo do claro), salivação excessiva, e, por fim, a paralisia. A transmissão do vírus da raiva para os seres humanos ocorre por meio de contato com a saliva do animal.

Comum em região de fronteira com a Bolívia, a raiva canina não era registrada há 23 anos em Campo Grande. A estimativa do Ministério da Saúde é que existam 613,9 mil cães e gatos no Estado.

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