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Capital

Cara e restrita, droga sintética é para elite, o que atrapalha polícia em MS

Segundo a polícia, falta de denúncias ou informações prejudicam ações dee combate ao tráfico deste tipo de droga

Luana Rodrigues | 19/11/2016 11:23
Droga sintética apreendida em 2011. (Foto: Divulgação)
Droga sintética apreendida em 2011. (Foto: Divulgação)
Comprimidos ecstasy apreendidos nesta semana. (Foto: Divulgação/ PC)
Comprimidos ecstasy apreendidos nesta semana. (Foto: Divulgação/ PC)

Vendidas legalmente pela internet como incenso, sais de banho, fertilizantes, pílulas e até selos, as drogas sintéticas estão mais comuns em Mato Grosso do Sul do que se imagina. Nesta semana, mais de 600 comprimidos de ecstasy, foram apreendidos nos arredores da faculdade FCG-Facsul, no bairro Amambaí na região central de Campo Grande.

No entanto, segundo a polícia, esse tipo de apreensão não é comum, pois o acesso a drogas sintéticas é muito restrito, o que também dificulta a ação policial para combater o tráfico das drogas químicas.

“As apreensões que nós temos na delegacia deste tipo de entorpecente são irrisórias, ainda não conseguimos pegar traficantes, por falta de informação. Não há denúncias, a gente sabe que tem o tráfico, mas é um público muito restrito”, explicou o delegado titular da Denar ( Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico), Rodrigo Yassaka.

Conforme o delegado, pelo fato de a droga ser relativamente cara, o “público alvo” acaba sendo pessoas de maior poder aquisitivo. A venda da droga também não é feita em “bocas de fumo”, como ocorre com outras drogas. “Não é como você chegar em um bairro aqui e comprar maconha, por exemplo. Droga sintética primeiro você tem que conversar com o cara, ele te conhecer bem e ai sim te fornecer. Isso acaba sendo um problema para nós”, diz.

Essas substâncias imitam a maconha, a cocaína e o LSD e escondem riscos ainda maiores à saúde, por serem até cem vezes mais potentes e causarem efeitos drásticos como surtos psicóticos, alucinações e danos cerebrais que podem levar à morte rapidamente.

A polícia não tem dados de apreensões, mas assume que é uma droga presente em festas na Capital e alerta para os riscos. "Se alguém tiver conhecimento de quem vende, denuncie, porque é uma droga muito potente e prejudicial", explica o delegado.

Quem tiver informações ou denúncias de tráfico de drogas deve ligar para a polícia nos telefones (67) 3345-0000 e (67) 9 9995-6105, ou enviar mensagens pelo aplicativo whatsapp.

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