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Capital

Casa do Aconchego é investigada de novo, agora por dopar idosos

Enfermeiro estaria administrando medicamentos sem prescrição médica com consentimento da direção

Cleber Gellio | 27/05/2022 15:01
Sede da Casa do Aconchego, no Jardim Taveirópolis. (Foto: Paulo Francis/Arquivo)
Sede da Casa do Aconchego, no Jardim Taveirópolis. (Foto: Paulo Francis/Arquivo)

O MPMS (Ministério Publico de Mato Grosso do Sul) investiga, por dopagem, a Casa do Aconchego, asilo no Bairro Taveirópolis, em Campo Grande.

Segundo procedimento investigatório, não há definição se é uma nova denúncia ou prosseguimento nos casos por crimes contra idosos na instituição.

De acordo com boletim de ocorrência da Polícia Civil, um enfermeiro estaria administrando medicamentos sem prescrição médica e em comum acordo com a direção da Casa, de modo a dopar os idosos.

Consta, ainda, que os idosos acolhidos no local não recebem assistência médica necessária, “pois não são levados ao posto de saúde” quando precisam. Conforme ocorrência, há também relato de que foram instaladas câmeras nos banheiros, rompendo a privacidade dos pacientes.

O asilo havia sido interditado no dia 15 de fevereiro e liberado em 15 de março pelo Conselho Municipal do Idoso da Capital, que decidiu revogar a interdição da ILPI (Instituição de Longa Permanência para Idosos) por entender que a entidade teria condições de continuar atendendo e recebendo recursos públicos após análise da documentação.

Pelo Estatuto do Idoso, toda instituição que pretende acolher idosos, mesmo que de forma privada, deve ser credenciada pelo Poder Público.

Histórico – A primeira denúncia chegou ao MPMS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul) em junho de 2021, de familiares de idosa acolhida no local, que buscaram ajuda da 44ª Promotoria de Justiça.

O segundo caso foi levado à promotoria por ex-funcionário da instituição. Ele era enfermeiro e tinha acesso às imagens das câmeras de segurança. O profissional “realizou cópias das gravações que demonstram o comportamento explosivo (de uma ex-dirigente) para com os idosos sob sua tutela”.

Em imagens anexadas ao processo à época, a dirigente joga o copo de um assistido no chão e em outra, o empurra na cama depois de fechar a porta do quarto e ele tenta se defender, afastando-a com as pernas.

Na ocasião, a ex-diretora se manifestou através de advogado na ação. Ela pediu perícia nas imagens de câmeras de segurança.

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