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Capital

Chikungunya é "questão de tempo" na Capital e saúde já inicia ofensiva

Lidiane Kober e Alan Diógenes | 13/10/2014 19:11
Autoridades se unem para prevenir nova doença (Foto: Marcelo Calazans)
Autoridades se unem para prevenir nova doença (Foto: Marcelo Calazans)

Diretora da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Márcia Dal Fabro deixou claro, em entrevista coletiva, nesta segunda-feira (13), que “é questão de tempo” para a febre Chikungunya chegar a Campo Grande e alertou a população para ficar de olhos bem abertos e eliminar chances de proliferação do mosquito transmissor da doença. Neste sentido, a prefeitura lançou campanha e baterá de porta em porta para alertar sobre a febre.

“A doença está em duas regiões do Brasil, portanto é questão de tempo chegar a Campo Grande, então, temos que eliminar o vetor”, apelou a diretora em vigilância em saúde. O número de contaminados pelo vírus já chegou a 79 no Brasil. Do total, sete foram localizados em Estados que fazem divisa com Mato Grosso do Sul.

Até agora, duas supeitas foram registradas na Capital. “Os dois casos foram descartados”, tranquilizou Márcia. Mesmo assim, ela reforçou a necessidade de a população eliminar de vez focos de proliferação dos mosquito do gênero Aedes, o mesmo transmissor da dengue. “O trabalho de conscientização é fundamental, porque é nas casas que o mosquito se prolifera”, frisou.

Preocupado com a chance de a doença se espalhar pela cidade, o prefeito Gilmar Olarte (PP) também apelou pelo apoio da população. “Com essa doença não dá para brincar”, enfatizou. Conforme Márcia, a febre gera dores musculares intensas e pode durar de dois meses a três anos.

Para espalhar os cuidados no sentido de prevenir a Chikungunya, amanhã (14), com o apoio da Câmara Municipal e da Base Aérea a prefeitura colocará 473 agentes de endemia nas ruas. “O objetivo é informar sobre a doença, sobre as formas de contágio e prevenção”, disse o prefeito. “Não vamos barrar a doença sozinhos, precisamos da ajuda de todos”, completou Márcia.

Ela frisa que a preocupação é ainda maior justamente pelo fato de Campo Grande ter o transmissor da doença, o mosquito Aedes Aegypti. “Antes de a febre chegar à cidade, temos que fazer o possível para eliminar o vetor”, apelou.

Por isso, a campanha vai bater de porta em porta. “Será um trabalho de campo para recolher recipientes que possam acumular água”, explicou o presidente da Câmara Municipal, vereador Mário César (PMDB). “Vamos ajudar, disponibilizando transporte aéreo e via terrestre”, informou o comandante da Base Aérea, coronel Potiguara Campos.

A doença - A Febre Chikungunya causa febre alta, dor muscular e nas articulações, cefaleia e exantema. Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde, a letalidade é rara e menos frequente que nos casos de dengue. O tratamento é feito para combater os sintomas, com analgésico (paracetamol), hidratação adequada e repouso.

Com a confirmação dos casos no Caribe, no final de 2013, o Ministério da Saúde elaborou um plano nacional de contingência da doença, que tem como metas a intensificação das atividades de vigilância; a preparação de resposta da rede de saúde; o treinamento de profissionais; a divulgação de medidas às secretarias e a preparação de laboratórios de referência para diagnóstico da doença.

A medida básica de prevenção é o combate aos mosquitos transmissores. As mesmas ações que evitam a dengue são capazes de prevenir também a Chikungunya.

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