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Capital

Cidade avança para o norte com infraestrutura, mas violência assusta

Alan Diógenes | 30/05/2015 10:59
Com medo de assaltos e furtos, moradores se trancam em casa. (Foto: Fernando Antunes)
Com medo de assaltos e furtos, moradores se trancam em casa. (Foto: Fernando Antunes)
Morador diz que policiamento não existe em região. (Foto: Fernando Antunes)
Morador diz que policiamento não existe em região. (Foto: Fernando Antunes)

A expansão da região Norte de Campo Grande fez com que a prefeitura investisse em infraestrutura para receber os novos moradores. Bairros como Seminário I e II, Vila Neusa, Nasser e Vila Marly receberam pavimentação asfáltica e iluminação adequada. Mas agora o problema é outro: a quantidade de terrenos vazios contribuiu para a falta de segurança e a região sofre com a onda de roubo e furtos.

A empregada doméstica Aline Teixeira, 36 anos, que trabalha na Vila Neusa, disse que o problema começou há quatro anos. “Muita gente de classe média se mudou para cá. Se você olhar em volta só tem casarões. Isso atraiu os ladrões que iniciaram uma constante onda de roubos na região. O jeito é se trancar dentro de casa”, explicou.

A coordenadora pedagógica Aparecida Luzia, 53, mora há dois anos na região. Ela afirmou que muitos moradores estão vendendo suas casas por medo. “Esses dias uma vizinha minha chegou do serviço e encontrou dois ladrões dentro da casa dela. Ainda bem que eles fugiram e o pior não aconteceu. Só sei que uma semana depois, ela vendeu a casa e se mudou”, comentou.

Para evitar os crimes, os moradores da região criaram um grupo no aplicativo WhatsApp. Desta forma, um cuida da casa do outro, quando alguém se ausenta. “Quando um sai de casa, já avisa o outro pelo grupo. Se um alarme dispara, todo mundo já comenta também e desse jeito vai indo. Aqui é um lugar deserto por conta dos terrenos baldios, então durante a noite é bem perigoso”, mencionou.

A dona de casa Francisca Gonçalves de Morais, 52, moradora do Bairro Seminário II também acredita que o problema é a quantidade de terrenos baldios. “Precisamos muito de segurança. Se você deixa a casa fechada mais de três, os bandidos tomam conta. Quando há caso de roubo, se você chama a polícia, tem que esperar mais de uma hora, aí não vai ter solução mesmo”, destacou.

O presidente da Associação de Moradores do Seminário II, Silvio Rodrigo Gonçalves, 55, falou que já enviou ofício a Semsp (Secretaria Municipal de Segurança Pública) pedindo mais segurança, mas nada foi feito até agora. “Ninguém resolve nada. É raro a gente ver a polícia fazendo rondas por aqui”, finalizou.

Conforme o comandante de Policiamento Metropolitano, coronel da PM Francisco Ovelar, o pelotão do Bairro Coophasul faz rondas ostensivas nestas regiões. O problema para ele é que a população deixa de registrar o boletim de ocorrência e os policiais ficam sem saber quais locais tem maior índice de crimes.

“Atendemos a população dentro da capacidade que podemos atender. As vezes, as pessoas acham que a situação é generalizada, mas existem outros bairros com maior número de crimes, onde reforçamos da fiscalização. As estatísticas mostram que esta não é a região mais afetada”, finalizou o coronel.

Terrenos baldios contribuem para a prática de crimes. (Foto: Fernando Antunes)
Terrenos baldios contribuem para a prática de crimes. (Foto: Fernando Antunes)
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