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Clínica é investigada por falhas e risco de contaminação a pacientes renais

Denúncias apontam reutilização de materiais e falhas na higienização de equipamentos

Por Kamila Alcântara | 09/06/2025 17:26
Clínica é investigada por falhas e risco de contaminação a pacientes renais
Aparelho de hemodiálise de clínica investigada, que atendia pacientes do SUS (Foto: Reprodução)

O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) abriu inquérito para investigar possíveis irregularidades em uma clínica de hemodiálise em Campo Grande, que atende pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde). A apuração começou após denúncias de falhas graves no atendimento e riscos à segurança dos pacientes.

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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul abriu um inquérito para investigar irregularidades em uma clínica de hemodiálise em Campo Grande, após denúncias de falhas no atendimento e riscos à saúde de pacientes do SUS. Relatos indicam o uso indevido de materiais, como capilares reutilizados, expondo pacientes a contaminações. Vistorias da Vigilância Sanitária confirmaram problemas graves, como registros incompletos e falta de higienização adequada. Apesar de medidas corretivas apresentadas pela clínica, as falhas persistem, levando o MPMS a exigir um plano de ação detalhado e a monitorar a situação, visando garantir a segurança dos pacientes.

Um dos relatos que chegou à Ouvidoria do MPMS envolve o uso de um capilar, tubo com membranas por onde passa o sangue durante a filtragem, reutilizado indevidamente entre pacientes. Um paciente com doença renal crônica afirmou ter sido atendido com material já usado em outra pessoa, o que representa risco de contaminação por doenças infecciosas. Segundo ele, mesmo com a presença da Vigilância Sanitária no local, a equipe da clínica não tomou providências.

Vistorias feitas pela vigilância estadual confirmaram problemas sérios, como registros incompletos, sensores de segurança desligados nas máquinas e ausência de protocolos para pacientes com alterações hepáticas. Também foi flagrada a falta de higienização adequada na sala de reprocessamento dos materiais, com torneiras improvisadas com fita crepe, prática que pode facilitar a proliferação de bactérias.

A clínica apresentou medidas corretivas, como treinamento da equipe e reformas no espaço físico. No entanto, o parecer mais recente aponta que as falhas continuam e ainda colocam os pacientes em risco. Por isso, o MPMS determinou que a unidade apresente um plano de ação detalhado e segue monitorando a situação.

O inquérito busca entender se outras pessoas também foram expostas aos mesmos riscos e se a clínica já havia reincidido nessas falhas. Além disso, o Ministério Público acionou órgãos como a vigilância sanitária estadual para colaborar na investigação, com envio de documentos, relatórios e comprovantes das ações tomadas até agora.

Esse caso é acompanhado pelo Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos, por envolver diretamente a segurança de pacientes do sistema público de saúde.

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