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Capital

Com baixa adesão, greve dos professores está próxima do fim

Antonio Marques | 06/05/2016 19:26
A assembleia geral da categoria ficou aberta até as 15 horas na expectativa de resposta da prefeitura, mas ficou para segunda-feira (Foto: Marcos Ermínio)
A assembleia geral da categoria ficou aberta até as 15 horas na expectativa de resposta da prefeitura, mas ficou para segunda-feira (Foto: Marcos Ermínio)

Com baixa adesão, greve dos professores pode encerrar no início da próxima semana. Conforme o presidente da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública) Lucilio Nobre, a paralisação está próxima do fim, mas depende de a prefeitura informar o escalonamento para o pagamento da reposição do acumulado dos últimos dois anos.

Na avaliação da ACP, o enfraquecimento do movimento grevista se deu por três motivos, a longa paralisação, que durou três meses em 2015, sem resultado na valorização profissional; o fato de muitos coordenadores da greve passada terem assumindo cargos em comissão no governo do prefeito Alcides Bernal (PP); e o pagamento estar sendo feito em dia.

Lucílio Nobre lembra que a categoria não pode esquecer que já são dois anos sem reposição salarial e se não houve luta pela valorização profissional, a tendência é que o salário sofra desvalorização a cada ano. “Temos que manter firmes em nossas reivindicações para garantir novas conquistas”.

Ainda assim, Lucílio Nobre garante que houve avanço nas negociações com a prefeitura nesta semana, como o envio do projeto de lei de reposição ao Legislativo separado dos demais servidores e o reconhecimento da Lei 5.411/2014, que estabelece o piso salarial para a carga horária de 20 horas semanais. “O prefeito aceitou fazer um acordo judicial, o que torna nula a ação que tramita no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, questionando sua constitucionalidade”, explicou.

Com isso, segundo o presidente da ACP, falta apenas o prefeito dizer como vai pagar os 13,01% do reajuste de 2015 e os 11,36% deste ano. “Nós apresentamos a proposta de escalonamento à prefeitura e estamos aguardando a resposta”, destacou, acrescentando que na próxima segunda-feira, 9, haverá uma reunião entre a comissão de greve dos professores e os representantes da prefeitura.

Lucilio explicou que a categoria deliberou um escalonamento para que a prefeitura se comprometa a pagar os dois reajustes até setembro de 2017, considerando a existência da lei federal que obriga o pagamento da reposição. E no projeto encaminhado à Câmara Municipal seja incluído o índice até o mês de abril. Em vez de 2,79%, seria 3,28%. 

Essa resposta era esperada para hoje, mas a prefeitura adiou para semana que vem. Os professores permaneceram em assembleia geral até as 15 horas na expectativa de que viria uma boa notícia do Paço Municipal, o que não aconteceu. Na segunda-feira, enquanto a comissão de negociação se reúne, os professores em greve vão se concentrar na Avenida Marechal Deodoro, na saída para Sidrolândia, para visitarem as escolas da região.

Para a ACP, apenas 30% da categoria teria aderido ao movimento de greve, mas nenhuma escola paralisou totalmente. Em 56 escolas e seis Ceinfs (Centro de Educação Infantil) alguns professores estariam participando. "Temos o compromisso do Legislativo de aprovar aquilo que for acordado com o sindicato", contou o presidente da ACP.

Conforme a assessoria de imprensa da prefeitura, a greve afetou pouco a rede municipal por conta da pequena adesão e não estaria prejudicando os alunos, pois teria ocorrido uma readequação de aulas. Ainda conforme a prefeitura, houve avanço nas negociações e a expectativa é que o acordo aconteça o mais rapidamente possível, pondo fim ao movimento grevista.

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