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Capital

Com demência, idoso andou cerca de 4 km antes de ser morto em rodovia

Edvaldo Gonçalves Souza, 72, foi encontrado morto perto do Detran-MS e família ainda não sabe o que aconteceu

Gabrielle Tavares | 01/04/2022 16:23
Com demência, idoso andou cerca de 4 km antes de ser morto em rodovia
Edvaldo Gonçalves Souza, 72, morreu na última sexta-feira (25). (Foto: Arquivo Pessoal)

Uma semana após a morte de Edvaldo Gonçalves Souza, 62, a família ainda sofre com a falta de informações. O corpo do idoso, que sofria com demência, foi encontrado às margens da rodovia MS-080, cerca de 4 km de onde ele morava com a esposa e a filha, no Bairro Santa Luzia.

“A polícia me disse que ele foi atropelado, mas a pessoa sumiu, a gente quer saber quem fez isso com ele”, relatou a esposa, Aparecida Rodrigues da Silva, 52. Ela explicou ainda que ele sempre saia sozinho em momentos de crise, mas nunca havia ido tão longe.

Na sexta-feira (25), o caso foi registrado como morte a esclarecer na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, com o óbito constatado às 19h05. Ele estava com lesões no crânio e foi encontrado por um grupo de ciclistas.

Como estava sem documentos pessoais, Edvaldo não foi identificado imediatamente e a família só soube do ocorrido no sábado (26).

“Ele saía sem documentos, porque sempre perdia os que a gente dava para ele. Nesse dia, eu saí para trabalhar, deixei ele com nossa filha e pedi para ele não sair. Aí quando ela foi para a escola, ele aproveitou e saiu sozinho”, completou Aparecida, que é diarista.

A demência foi sequela de um outro acidente de trânsito que o idoso tinha sofrido há 5 anos. Em novembro do ano passado, Aparecida conseguiu em audiência pública da Defensoria o direito de que Edvaldo fosse internado em uma clínica, para receber assistência médica 24h.

“A juíza tinha dado prazo para o Ministério Público vir buscar ele em até 30 dias, mas nunca vieram”, lamentou.

Agora, a filha de Edvaldo, de 15 anos, sofre com a ausência do pai. “A minha filha fica chorando o dia inteiro, faltou na escola. Está difícil, porque bem ou mal ele estava em casa com a gente, a gente convivia 24 horas por dia”, ressaltou a esposa.

Sem esperanças na investigação policial, Aparecida pede para que se alguém tiver informações sobre o que aconteceu na rodovia, entre em contato pelo número (67) 99216-5964.

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