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Capital

Com hospitais lotados, garoto com suspeita de H1N1 é internado em UPA

Adolescente deveria estar em área de isolamento e receber tratamento específico

Luana Rodrigues e Graziela Almeida | 10/09/2017 10:30
Garoto está internado em isolamento improvisado na UPA. (Foto: Graziela Almeida)
Garoto está internado em isolamento improvisado na UPA. (Foto: Graziela Almeida)

Com suspeita de H1N1, um adolescente de 17 anos está internado na UPA (Unidade da Pronto Atendimento) Universitário, em Campo Grande. O garoto deveria ser transferido para uma área de isolamento, num hospital, mas não há vagas na rede pública de saúde.

“Nós já temos o encaminhamento e estamos aguardando a Central de Regulação, mas até agora não tivemos nenhuma notícia. E ele precisa de um tratamento específico”, conta a tia do garoto, Siely Ferreira Gouveia, 33 anos.

Conforme a mãe, Rosa Perla Vidal da Silva, 37 anos, o adolescente, que é lutador de jiu-jitsu, começou a se sentir mal na última segunda-feira (4), seis dias após voltar de uma competição no Rio de Janeiro. Ele deu entrada na UPA ontem, com diagnóstico de infecção pulmonar.

“No começo pensamos que era uma gripe, mas ele foi piorando. Depois que saíram os exames o médico disse que suspeitava de H1N1”, conta a mãe.

Na UPA, não há estrutura para o tratamento do garoto, já que ele precisa ficar em uma área isolada e necessita de um tratamento específico.

A família diz, inclusive, que precisou comprar remédios para iniciar o tratamento do adolescente, já que na unidade de saúde eles estavam em falta. “Ele está na área vermelha, num falso isolamento, o que coloca em risco outros pacientes e ele mesmo, que pode ter outra infecção”, disse a tia.

Procurado pelo Campo Grande News, o coordenador de saúde do município, Yama Higa, informou que já está ciente do caso, e realmente não há vagas nos hospitais, mas que estão realizando remanejamentos para conseguir. "É uma vaga muito específica, difícil de conseguir proque os hospitais alegam que estão lotados, mas estamos tentando", diz.

Ele nega que tenha havido solicitação para que a família comprasse medicamentos e diz que já foi iniciado o tratamento do garoto, específico para pneumonia, uma vez que H1N1 é uma suspeita ainda distante.

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