Como protesto, moradores ameaçam quebrar canteiro da Júlio de Castilhos
Moradores do bairro Santo Amaro estão organizando uma manifestação e prometem quebrar parte do canteiro central que foi construído na Avenida Júlio de Castilhos, em Campo Grande.
A mobilização está marcada para segunda-feira (08), às 20h.
O problema de acordo como eles, é que o canteiro central foi construído em quase toda a avenida e impede que os motoristas que seguem pela Rua Yokoama façam a conversão à esquerda para ter acesso a Júlio de Castilhos.
“É um absurdo o que eles fizeram. Se não mudarem até segunda-feira, vamos quebrar aquilo dali”, diz o mecânico Jucinei Bispo Coxev, de 34 anos que está organizando o protesto.
Para ele, a obra foi mal planejada. “Colocaram semáforo onde não deveriam colocar, tiraram o acesso do contorno na Yokoama. Todos nós, moradores e comerciantes ficamos prejudicados”, ressalta.
Eliel Oseias Araújo, de 33 anos que tem uma oficina de mecânica no bairro, diz que o acesso a Júlio de Castilhos ficou complicado e que agora todos precisam andar pelas ruas do bairro. “ Eles fizeram um acesso de retorno na Rua Miranda, mas não precisava. Não colocaram sinalização e todos os veículos acabam passando na contramão”, diz o mecânico.
Segundo a vendedora Crislaine Oliveira, de 24 anos, o movimento da loja de variedades que ela trabalha caiu bastante e até os carros oficiais estão tendo dificuldades em entender o trânsito. “ Ontem mesmo uma viatura do SAMU teve que entrar na contramão porque o canteiro central impediu o acesso a Rua Yokoama”, diz.
Muitos dos veículos que passaram pela Rua Yokoama na manhã desse sábado (06) foram pegos de surpresa. A única rotatória para o contorno está a cerca de 5 km, na Avenida João Júlio Dittmar, na região do bairro Sayonara. Isso porque com a construção do canteiro, a rotatória da Rua Capibaripe não existe mais.
Ontem pela manhã, um dos moradores distribuiu panfletos convocando os moradores para a mobilização. O anúncio diz que o que foi feito no bairro é um abuso e pede um protesto sem vandalismo. O panfleto também disponibiliza telefones da prefeitura para que os moradores façam as reclamações.
