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Capital

Comunidade rural de Campo Grande vê chance real de ter luz em casa

Defensoria mobiliza núcleos e moradores dão passo decisivo rumo à primeira ligação elétrica

Por Kamila Alcântara | 29/09/2025 21:59
Comunidade rural de Campo Grande vê chance real de ter luz em casa
Comitiva da Defensoria conversa com moradores da área rural de Campo Grande (Foto: Matheus Teixeira)

Famílias da comunidade Imbirussu, na área rural de Campo Grande, vivem há anos sem acesso à energia elétrica em casa. A situação, que mobilizou a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, agora conta também com posicionamento da Energisa, concessionária responsável pela distribuição no Estado.

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Moradores da Comunidade Imbirussu, área rural de Campo Grande, podem ter acesso à energia elétrica após anos de espera. A Energisa, concessionária responsável pela distribuição no estado, aguarda lista de consumidores para análise individual dos casos, conforme normativa da Aneel. A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul acompanha a situação desde janeiro, tendo realizado vistoria técnica nos 28 lotes da comunidade. Segundo a defensora Patrícia Feitosa de Lima, a falta de documentação não deve impedir o acesso à energia, especialmente devido ao Programa Luz para Todos.

Em nota enviada ao Campo Grande News, a empresa afirmou que já está em contato com a Defensoria e aguarda a lista de consumidores que necessitam da ligação elétrica. Segundo a concessionária, a partir dessa relação será possível analisar caso a caso, conforme previsto em uma resolução normativa da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

A Energisa também declarou que está empenhada em construir soluções conjuntas com os órgãos competentes, respeitando a legislação vigente, e reafirmou o compromisso com o desenvolvimento social e a inclusão energética.

Situação - A Defensoria acompanha o caso desde janeiro, pelos núcleos de Fazenda Pública, Moradia e Nuccon (Direitos Sociais e o de Promoção e Defesa do Consumidor), que atuam em conjunto para garantir a regularização dos terrenos e o acesso ao serviço.

No mês passado, um relatório técnico identificou quais dos 28 lotes da comunidade estão em conformidade com as normas de distribuição da Energisa. O documento foi elaborado durante vistoria com um engenheiro civil da Defensoria, a defensora coordenadora do Nuccon, Patrícia Feitosa de Lima, e os próprios moradores.

De acordo com a defensora, a falta de documentação não pode ser empecilho para a ligação da energia. “Há precedentes na jurisprudência de que não é necessário o documento de posse para a ligação de energia elétrica, ainda mais porque vigora o Programa Luz para Todos”, destacou Patrícia.

Enquanto o processo avança, famílias seguem enfrentando dificuldades no dia a dia. “É bem difícil ficar sem energia, sem poder ter água gelada, televisão ou um ventilador”, relatou uma moradora que vive na região há dez anos.

A Defensoria informou que, após a regularização fundiária, será possível ajuizar ações individuais de usucapião em favor dos moradores. O Núcleo também instaurou um procedimento preliminar para cobrar explicações da Energisa. Ao final, a situação pode ser resolvida por meio de um termo de ajustamento de conduta ou até mesmo por ação civil pública.

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