"Confinados" durante 8 meses, idosos voltam à atividade no Vovó Ziza

Liberados no dia 31 de outubro, os CCI’s (Centos de Convivência de Idosos) voltaram a funcionar nesta quinta-feira (5), após funcionários passarem por capacitação. Na Capital são 4 espaços e no Vovó Ziza a expectativa era de encontrar os amigos.

No local, a entrada é controlada e os idosos passam por aferição de temperatura, além do uso obrigatório de máscaras e a lotação máxima de 30% da capacidade. Além disso, aulas de hidroginástica passaram de 2 para uma vez na semana, mas já é o suficiente para quem estava “parado” em casa.

“Hoje não vi nenhum amigo da turma, mas tô na expectativa de todos voltarmos juntos. Vim me matricular na hidroginástica, antes era duas vezes na semana, agora é só uma. Mas é melhor que nada”, disse a aposentada Célia Abdala, 75 anos.

Anima com a reabertura do centro, ela disse ainda que não tem medo de voltar e que a falta da hidroginástica fez com que ela sentisse muita canseira. “Não tenho nem um pouquinho de medo. Fazia hidroginástica aqui e durante esse tempo sem fiquei muito cansada, senti muita falta dos exercícios na água”, completou.

Também animado com a reabertura, Ildedo de Fonseca Sanches, 84 anos, espera, além de encontrar os amigos, que outras atividades voltem no centro. Ele que está com problema de circulação não poderá participar da aula de hidroginástica, mas quis garantir a vaga para as aulas de ginástica.

“Eu jogava malha e sinuca aqui também, mas essas atividades ainda não voltaram. Espero que voltem logo. Não tenho receio de voltar a frequentar não. Estou feliz com o retorno, já encontrei três amigos hoje e eles também vão voltar”, contou.

Já para a aposentada Neuza Soares, 65 anos, as atividades deveriam ter voltado bem antes.  “Ave Maria, por mim nem deveria ter parado. Mas muita gente depende de ônibus para vir e o maior perigo está nos ônibus. Aqui todo mundo vai tomar todos os cuidados”, diz.

No centro, além da hidroginástica, Neuza também fazia aulas de natação, dança, pilates e alongamento, mas agora só pode escolher uma atividade e optou pela hidro e diz que o mais importante é reencontrar os amigos e ter contato com outras pessoas.

 "Aqui é nossa casa, estou muito feliz com o retorno mesmo. Encontrei alguns hoje, deu muita vontade de abraçar eles, mas me segurei, não pode, né?", completou.

Também ansiosa pela volta das atividades, Marta Costa, 73 anos, aposentada, se matriculou na hidroginástica, mas espera pela volta das aulas de dança e mesmo morando do outro lado da cidade faz questão de ir até o CCI Vovó Ziza para participar das atividades.

"Não tenho medo de voltar não, é só tomar todos os cuidados recomendado e tá tudo certo. Senti mais falta da interação com o pessoal, alguns amigos também disseram que vão voltar a frequentar", desabafou.