'Contadora' deixou MT junto do esposo, mas nega envolvimento com roubo
Eliane Goulart veio para a Capital depois que o parceiro informou que havia conseguido um negócio que daria "muita grana"

Apontada como a contadora da quadrilha que planejava roubar unidade do Banco do Brasil em Campo Grande, Eliane Goulart Decursio, de 36 anos, disse ter vindo para a Capital à mando do esposo, Robson do Nascimento, de 50 anos, mas negou envolvimento com o crime. Robson era quem dava as coordenadas sobre a escavação do túnel que levaria até o cofre do banco.
Ele foi preso numa das casas que a quadrilha locou em Campo Grande. Eliane é cabeleireira e também trabalhava na empresa do suspeito, a JR Construtora de Cuiabá, MT. “Ele me ligou para e pediu para eu vendesse tudo e viesse encontrar com ele. Ele disse apenas que havia conseguido um negocio muito bom e que ia render muita grana”, contou. Eliane disse ter vendido um residência e todos os móveis, para conseguir o dinheiro para se mudar.
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Na Capital ela alugou uma casa no Parque do Lageado onde estaria morando há duas semanas. Ela admite que chegou a ir na residência da Rua Minas Gerais onde o túnel estava sendo escavado, mas não notou a movimentação. Conforme a investigação, ela era responsável pelas compras de equipamentos, alimentos e tudo que fosse necessário para viabilizar o plano, além da prestação de contas. “Estou desesperada”, completou. Eliane e Robson estariam juntos há dois anos, depois de terem se conhecido na Bahia.

À reportagem Robson também confirmou que a mulher não sabia do assalto. “Só pedi para ela leva uns lanches lá”, completou. Segundo a polícia era Robson quem dava as coordenadas sobre como cavar o túnel, mas não cavava. Ele também negou participação no crime. “Nem nesse lugar eu fui”, disse.
O caso - Dois homens foram mortos e 7 pessoas presas durante flagrante na madrugada deste domingo (22). O grupo tentava furtar a central administrativa do Banco do Brasil, localizada na Avenida Presidente Castelo Branco, na região do Bairro Coronel Antonino, em Campo Grande.
Extremamente organizada, a quadrilha tinha além dos mentores, pessoas que exerciam as funções de projetistas, contadora e “tatus”, como eram chamada os homens que trabalhavam na escavação do túnel de 70 metros para chegar ao cofre da agência.