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Capital

Corredor viário para bairros, Júlio de Castilho protagonizou obra “eterna”

Aline dos Santos | 16/01/2016 18:13
Buraco sinalizado até com galhos em avenida que teve obra de R$ 18 milhões. (Foto: Fernando Antunes)
Buraco sinalizado até com galhos em avenida que teve obra de R$ 18 milhões. (Foto: Fernando Antunes)
Recorte indica que cruzamento com a rua Francisca Torraca Bellinate  deve ter bueiro. (Foto: Fernando Antunes)
Recorte indica que cruzamento com a rua Francisca Torraca Bellinate deve ter bueiro. (Foto: Fernando Antunes)

Avenida que conduz a vários bairros, a Júlio de Castilho é a protagonista de uma obra “eterna”, nunca inaugurada, e que motiva reclamações por já ter buracos e dificuldade de acessos para moradores.

“Era melhor antes de ser mexida”, afirma Alex Ruiz Dias Aldama, 35 anos. Ele, que há oito anos tem uma oficina mecânica na avenida, relata dificuldade de acesso aos bairros. Quase em frente ao local, um buraco no meio da pista atrapalha o fluxo. “Há 30 dias, estavam tapando”, conta.

O corte no asfalto indica que foi passado uma tubulação para bocas de lobo na avenida e também em uma rua de esquina. A recentemente asfaltada Francisca Torraca Bellinat . Mas os bueiros, aparentemente, ficaram só na intenção, levantando dúvida se a revitalização, lançada em 2011, foi concluída.

Os moradores contam que a obra não teve uma inauguração formal. Em tantos anos, o estacionamento foi um capítulo à parte. Após idas e vindas, foi decidido proibir o estacionamento de veículos na faixa amarela de segunda à sexta-feira, das 6h às 10 e das 16h às 19h.

A medida prejudicou os estabelecimentos comerciais sem estacionamento próprio, mas liberou as duas faixas da rodovia ao tráfego de veículos. Encarregado de produção no supermercados Frios e Cia, Adriano Batista, 29 anos, afirma que para alguns comerciantes a revitalização ficou ruim.

No caso do mercado,com as vagas próprias e a possibilidade de parada na rua lateral o movimento de clientes não foi afetado. “Durante a obra é que paralisou. Ficou bem ruim porque com as interdições ninguém tinha acesso”, relata.

Alex preferia avenida antes de modernização. (Foto: Fernando Antunes)
Alex preferia avenida antes de modernização. (Foto: Fernando Antunes)
Para Christien, redução de canteiro central poderia abrir mais espaço na pista e liberar estacionamento. (Foto: Fernando Antunes)
Para Christien, redução de canteiro central poderia abrir mais espaço na pista e liberar estacionamento. (Foto: Fernando Antunes)

Para o comerciante Christien Rocha, 42 anos, uma possibilidade era reduzir o tamanho das calçadas e do canteiro central para abrir mais espaço na pista. Desta forma, a via comportaria duas faixas de rolamento e uma para estacionar. “Um canteiro com o da Eduardo Elias Zahran”, diz. Há três anos ele tem uma casa de bolos na avenida.

A Júlio de Castilho se estende por 7 quilômetros e distribui os moradores para bairros como Sílvia Regina, Santo Amaro, Santo Antônio, Ana Maria do Couto, Sayonara e Vila Alba.

Com valor de R$ 18 milhões, o projeto de modernização da via foi lançado em agosto de 2011. Mas a expectativa virou frustração. Planejada para durar 14 meses, a obra se arrastou por anos, sempre marcada por reclamações que foram do ritmo lento a falhas no planejamento.

Nas ruas – O Campo Grande News faz série de matérias mostrando a situação de ruas e avenidas da cidade. As escolhidas foram algumas entre as de maior fluxo, por onde circula boa parcela dos campo-grandenses.

Avenida de sete quilômetros faz ligação entre bairros.  (Foto: Fernando Antunes)
Avenida de sete quilômetros faz ligação entre bairros. (Foto: Fernando Antunes)

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