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Capital

Crea não constata irregularidades em prédio onde funcionário morreu

Viviane Oliveira | 18/07/2011 13:05
No total oito funcionários fizeram as vistorias na obra. (Foto: Pedro Peralta)
No total oito funcionários fizeram as vistorias na obra. (Foto: Pedro Peralta)

O Crea/MS (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Mato Grosso do Sul) não encontrou nenhuma irregularidade no edifício Vitalitá na Vila Margarida, em Campo Grande, onde Ronaldo Azevedo Calderoni, 32 anos, morreu na última quarta-feira (13) após ser atingido por uma barra de ferro que despencou do 18º andar.

De acordo com o gerente de fiscalização Ganem Jean Tebcharane, o trabalho do CREA é fiscalizar o projeto, execução, e verificar se a obra tem ART (Registro de Responsabilidade Técnica) que exige ter em cada área um profissional habilitado para os diversos serviços e etapas da obra.

Nesse tipo de empreendimento é necessário ter profissionais na área da mecânica, elétrica, engenharia civil, arquitetura e segurança no trabalho.

“Nós dividimos em equipe, cada um vistoriou uma parte da obra, inclusive a documentação. No local está tudo certo, agora vamos verificar no sistema do Crea se cada profissional tem registro”, disse o gerente.

Segundo ele, o Crea não tem poder de embargo e de multar o proprietário da obra por falta de segurança do trabalho. "Nós fiscalizamos e se tiver alguma irregularidade é encaminhado um relatório para o MPE (Ministério Público Estadual) e a SRT (Superintendência Regional do Trabalho e Emprego) - órgão que fiscaliza a parte de segurança.

A SRT vai verificar por meio de um laudo se houve falha humana ou se não tinha equipamentos necessários. O resultado sairá em 10 dias.

No período da tarde a vistoria continua em duas obras. Em uma delas, teve a morte do trabalhador Francisco Venâncio de Lima, 54 anos. Ele morreu na última segunda-feira (11) após cair de uma altura de 11 metros, no bairro Santa Fé.

Segundo o presidente do Crea, Jary Castro, desde o ano passado foram realizadas 50 mil fiscalizações nas construções civis e projeto de agricultura, que resultaram em, aproximadamente, 2% de multas. As multas variam entre a falta de profissional habilitado que é de R$ 500 a R$ 4 mil, anotação de responsabilidade técnica a multa varia de R$ 33 a R$ 100.

Acidentes - Na semana passada ao todo foram quatro acidentes de trabalho que resultaram nas duas mortes e outros dois ficaram feridos. Na última quinta-feira (18) o pintor Alfreu Evangelista Sales, 45 anos, teve descarga elétrica ao encostar um rolo de tinta em um fio de alta tensão enquanto pintava um sobrado na rua Johanesburgo no jardim Presidente. Ele teve 70% do corpo queimado.

Menos de uma hora depois o pintor Kleber de Oliveira Azevedo, de 31 anos, caiu de uma altura de 5 metros em uma obra na rua Guanabara, bairro Santo Antônio, em Campo Grande. O pintor fraturou o antebraço direito e sofreu luxação na perna direita. A vítima foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e levada para a Santa Casa.

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