Curso gratuito é emprego garantido para jovens e adultos na Capital

Os cursos oferecidos são de pintor, eletricista, pedreiro, costura industrial e de informática básica

O sonho de conseguir um emprego bom ou voltar para o mercado de trabalho é a vontade da maioria das pessoas. Quem participa dos cursos gratuitos de qualificação realizados pela Fiems, por meio do Sesi e Senai, tem a esperança de sair do curso empregado, principalmente no setor de confecção.

Segundo o presidente da Fiems, Sérgio Longen, o curso gratuito do Programa reforça o compromisso do Sistema Indústria de levar qualificação profissional aos bairros da periferia de Campo Grande.

A dona de casa, Ana Cláudia Aparecida, 28 anos, foi chamada para trabalhar hoje em uma indústria de lingerie da Capital. Ela é uma das alunas do curso de costura industrial oferecido pelo Senai no bairro Lageado.

Ana Cláudia mora no bairro Dom Antônio Barbosa e conta que há muito tempo queria fazer o curso. “Quando fiquei sabendo que seria ministrado perto da minha casa, fiquei muito feliz”. Segundo Ana, essa é a oportunidade de voltar para o mercado de trabalho, depois de quatro anos desempregada.

Outro exemplo é de Paulicéia Lopes da Silva, 24 anos, que há 15 dias está empregada em uma indústria de confecção. Casada e mãe de uma filha de três anos, ela disse que a família vivia apenas com uma renda de R$ 400 do marido que trabalha com reciclagem. Paulicéia comemora e diz que ganhou dois presentes, uma casa e um emprego.

“Eu morava em um barraco na Cidade de Deus, acabei de ser contemplada com uma casa e um emprego. De agora em diante vai ser diferente porque vou poder dar uma vida melhor para minha filha”, destaca.

Hoje a Fiems qualifica 1.156 pessoas moradoras dos Bairros Noroeste, Nova Lima, Dom Antônio e Los Angeles. Os cursos oferecidos são de pintor, eletricista, pedreiro, costura industrial e de informática básica.

Esperança – Quem iniciou o curso de informática básica do Sesi no bairro Noroeste acredita que esta é a oportunidade de ter um futuro melhor. Como é o caso da manicure Sandra de Souza Matiazo, 30 anos, que sonha em passar em um concurso público.

“Quero muito passar em um concurso de nível médio, mas, para isso, preciso reciclar meus conhecimentos. Sinto-me bem e independente para poder aprender e crescer sempre mais”, garantiu.

Já Rosilene Vaz da Silva, 29 anos, nunca trabalhou e pretender com a finalização do curso partir para a procura do primeiro emprego. “A informática é requisito básico para qualquer trabalho, dessa forma espero conseguir um emprego e continuar a me aperfeiçoar sempre”, disse.

Lista de espera - Os nomes dos alunos que concluem o curso ficam em uma lista de espera, e são chamados de acordo com as vagas que surgem.

Como é o caso de Leidiane Silva, de Carvalho, 20 anos, que terminou o curso há pouco mais de um mês e já foi chamada para trabalhar em uma indústria de costura. “Agora tenho a oportunidade de ter uma profissão”, finaliza.