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Capital

Da África e Venezuela, jovens mostram força do Fraternidade sem Fronteiras

Projeto criado em Campo Grande faz encontro e traz exemplos de vidas transformadas pelo trabalho de voluntários

Liniker Ribeiro | 21/04/2018 09:14
Especiosa Marge, uma das moçambicanas que visita Campo Grande pela primeira vez (Foto: Fernando Antunes)
Especiosa Marge, uma das moçambicanas que visita Campo Grande pela primeira vez (Foto: Fernando Antunes)

Campo Grande recebe esta semana a visita de jovens moçambicanos que tiveram as vidas transformadas pelo Fraternidade Sem Fronteiras. Aqui, eles são protagonistas do II Encontro do projeto criado em Mato Grosso do Sul.

Florência Dzimba, Especiosa Marge e Luis Amorse, todos com 19 anos, são alguns dos jovens atendidos desde as primeiras atividades, em 2009. “Antes do projeto nós não tínhamos nada, nem mesmo o que comer, e fomos ajudados. Ganhamos roupas e materiais para poder ir à escola, ou seja, foi muito bom”, relatou Florência.

Há quase dez anos das ações iniciadas, agora eles conhecem Campo Grande cheios de sonhos, muitos deles simples que, graças ao apoio dos voluntários, já foram realizadas. “Queríamos comer pizza, ir ao cinema e entrar em uma piscina”, revelou Luis, todo sorridente ao dizer que apenas o último desejo ainda não foi realizado.

Voluntários que contribuem para o projeto há anos, também participam do evento que segue neste fim de semana. O encontro serve para fortalecer a importância de prestar auxílio para quem vive em um dos lugares mais pobres do mundo. 

Venezuelana Alba Gonzalez, uma das voluntárias do projeto (Foto: Fernando Antunes)
Venezuelana Alba Gonzalez, uma das voluntárias do projeto (Foto: Fernando Antunes)
A pequena Júlia de Lima, umas das integrantes da orquestra do projeto (Foto: Fernando Antunes)
A pequena Júlia de Lima, umas das integrantes da orquestra do projeto (Foto: Fernando Antunes)

Para o médico Marcelo Curi, mais do que uma ajuda, é uma demonstração de carinho e sensibilidade. “Participo há seis anos, sou daqui mesmo de Campo Grande, e já estive duas vezes na África, uma em Moçambique e outra em Madagascar. Acompanhei de perto a necessidade das pessoas, é fato que elas precisam de ajuda, pois vivem em situações precárias. É uma oportunidade de retirar esses jovens dessas situações e trazer para um projeto de resultados”, afirmou.

Recentemente, as ações do Fraternidade sem Fronteiras também chegaram à Venezuela. Alba Gonzalez é exemplo de quem encontrou auxílio nos brasileiros e agora distribui tempo e atenção para o projeto. “Vim de Caracas para o Brasil grávida em busca de uma vida melhor e fui muito bem recebida. Quando conheci o projeto, vi que era a oportunidade de ajudar outras pessoas a ter a mesma assistência que eu tive”, relatou a coordenadora do Centro de Acolhimento ao Imigrante Venezuelana, em Roraima, que também está na cidade para participar do evento.

Por lá, o projeto ajuda crianças da periferia com diversas atividades, entre elas, a música. A pequena Júlia de Lima, de 10 anos, participa há aproximadamente 5 anos da orquestra e diz ficar animada pela oportunidade. “É muito legal, nos incentiva a aprender mais e ainda tem a oportunidade de fazer novos amigos”, relatou.

O presidente e criador do Fraternidade sem Fronteiras, Wagner Moura,  reforçou a importância do trabalho dos voluntários e reforçou o convite para que outras pessoas conheçam melhor as atividades. “É muito bom porque nasceu aqui em Campo Grande e hoje atua em três países, além de cidades brasileiras. As pessoas estão passando por uma situação inimaginável, trabalhando por muito pouco, vivendo em situação precária, então somos felizes por fazer parte de uma corrente humanitária”, relatou.

O II Encontro Fraternidade sem Fronteiras será realizado até amanhã, no Shopping Bosque dos Ipês e é uma super oportunidade para quem quiser conhecer o trabalho e entrar nesse corrente como voluntário.

Veja a programação:

Dia 21 de abril – Sábado 

8h - Abertura
8h10 - Apresentação musical - Elizabete Lacerda
8h40 - Conexões de fraternidade - Wagner Moura
9h15 - A fraternidade como movimento de cura interior e coletiva - Andrei Moreira
9h45 - Painel África, com jovens acolhidos pela FSF e monitores do Projeto em Moçambique
10h15 - comunicados
10h20 - intervalo
10h50 - Amar faz bem: a ciência do voluntariado - Gilson Roberto
11h25 - Parábola do bom samaritano: acolher e servir - Irmã Aíla pinheiro

Tarde

14h00 - Ação Madagascar: Patrick Nanahary
14h30 - Tratamento de crianças com microcefalia: Uma causa de amor - Adriana Melo
14h50 - Semear a alegria de viver - Wellerson Santos
15h30 - Chemin Du Futur, Senegal - Edmilson Neto
15h45 - Comunicados e intervalo
16h20 - Painel caravanas: Vivência fraterna
17h00 - Gandhi, Albert Schweitzer e Madre Tereza de Calcutá: Inspirações para servir - Décio Iandoli Jr
17h40 - Diálogo inter-religioso: Um só povo, um só coração. “Religare”, poesia recitada por Anamari Souza Moderador: Andrei Moreira Convidados: Irmã Aíla [católica], Makota Valdina [cultos afros], João Signorelli [hinduísmo], Pastor Milton [evangélico]. Roberto Lucio [espírita]

Noite

19h - A Poesia que transforma - Braulio Bessa
19h30 - Encerramento

Dia 22 de abril – Domingo

8h - Abertura
8h10 - Eu escolho ser feliz Rossandro Klinjey
8h40 - Apresentação musical - Vansan
9h10 - Caçadores de Bons Exemplos - Iara e Eduardo
9h30 - Reconectando-se com Deus - Roberto Lúcio
10h40 - Apresentação de dança Coletivo Big Field Crew
10h50 - Experiência de fraternidade - Centro de acolhimento de imigrantes venezuelanos, Boa Vista: Alba e Vanessa.
11h30 - Agradecimentos
11h50 - Palavras finais - Wagner Moura
12h10 - Celebração fraterna: Vansan, Aristeu e Juliana e Elizabete Lacerda
12h30 - Encerramento

 

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