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Capital

De volta a hospital, Associação quer ver Santa Casa funcionando "e bem"

Nadyenka Castro | 16/05/2013 14:35
Wilson Telensco, presidente da Associação Beneficente que assume Santa Casa amanhã. (Foto: Luciana Brazil)
Wilson Telensco, presidente da Associação Beneficente que assume Santa Casa amanhã. (Foto: Luciana Brazil)


Foram oito anos fora da administração da Santa Casa de Campo Grande. Neste período, a ABCG (Associação Beneficente Campo Grande) brigou pelo comando da unidade de saúde que estava sob intervenção judicial.

Agora, a poucas horas de assumir o hospital, o presidente da Associação, Wilson Telensco afirma que o objetivo é manter o local “funcionando e funcionado bem” e que a administração será “diferente do passado”, com transparência.

Para manter a Santa Casa de portas abertas, Telensco diz que é preciso pagar as dívidas, ampliar o teto de custeio e reduzir os gastos para que não haja novos débitos. “Uma leitura inicial indica que é possível eficiência no processo”, fala Telensco, referindo-se ao corte de custos sem prejudicar a qualidade nos procedimentos.

Conforme Telensco, o primeiro passo é pagar a dívida e acabar com o déficit. “Se houver déficit, em seis meses estamos endividados novamente”. Sem informar o valor exato do montante a pagar, diz que seria preciso empréstimo de R$ 80 milhões para zerar com os credores.

Para ter condições de cumprir compromissos financeiros, o presidente da ABCG fala que é necessário aumentar o valor que o poder público “paga pelos serviços do hospital”. “Ele compra serviços da Santa Casa em condições que não pagaria na rede particular”, avalia.

Telensco lembra ainda que as dívidas mais urgentes a serem pagas serão as tributárias, com fornecedores e prestadores de serviço.

Sobre o trabalho da Junta Administrativa, diz que “a intervenção não cumpriu os objetivos”. “Se a intervenção tivesse sido um show de qualidade eu iria apoiar a permanência”, declara.

Ele explica que a situação financeira da Santa Casa “apontava para a falência” e que a nova administração terá “postura diferente do passado”, “com transparência” e irá chamar o Estado “para cumprir obrigações que não cumpriu”.

Telensco afirma também que todas as providências tomadas em relação às dívidas é para manter o hospital funcionando. “ Vai haver esforço para continuar com o hospital aberto. Primeiro temos que salvar o hospital”.

Empréstimo – O governador André Puccinelli (PMDB) já declarou que o Estado irá emprestar R$ 70 milhões para a Santa Casa. Primeiro, o Executivo irá emprestar da Caixa Econômica Federal e depois repassar ao hospital.

André Puccinelli negocia com o banco condições de pagamento do montante a ser emprestado.

Nessa quarta-feira, a Junta Administrativa se despediu de funcionários. Durante a reunião, apresentou relatório de melhorias na unidade de saúde, como capacitação da enfermagem, a implantação da classificação de risco no Pronto Socorro e as normas de acesso à Unidade de Tratamento Intensivo e ao Pronto Socorro.

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