Defesa alega “ficha limpa” para pedir de liberdade de acusado de matar enteada
Preso desde o fim de janeiro acusado de matar a enteada de um ano, em Campo Grande, Francisco Gomes de Carvalho Filho, 56 anos, tenta sair da cadeia. Ele já teve o pedido de liberdade provisória negado e agora a defesa tenta habeas corpus.
O advogado dele, Raimundo Rodrigues Nunes Filho, explica que foi alegado à Justiça que Francisco não tem antecedentes criminais, tem profissão e que ele conta que Kemily Romeiro Rocha escorregou.
“Ele é um homem de 56 anos que não tem histórico criminal e que ele conta que a menina escorregou do braço dele”, declara o advogado.
Kemily morreu vítima de maus tratos no dia 18 de janeiro. A mãe dela chegou a ser presa pela morte, mas, já está em liberdade e em tratamento contra o uso de drogas.
Três dias depois, Francisco contou à Polícia Civil que pegou a criança no colo e em seguida a atirou contra o chão. Durante depoimento na Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), ele disse que a menina chorava de fome quando ele a pegou no colo, quando ela escorregou e caiu no chão.
Neste momento, Kemily já apresentava sangramento, e Francisco nervoso pegou e atirou a criança contra o chão. De acordo com o laudo do IMOL (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), foi comprovado que o bebê tinha três fraturas na cabeça.
Segundo o advogado de Francisco, " ele não confessa em momento algum que tenha agido de livre espontânea vontade”.
O pedido de habeas corpus está na 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. A liminar será decidida pela desembargadora Maria Isabel de Matos Rocha.