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Capital

Dentista que falsificava atestados paga fiança de R$ 4,6 mil e é liberado

Agente funerário, também preso em flagrante, foi solto após pagar fiança de R$ 1.874

Anahi Zurutuza e Bruna Kaspary | 18/10/2017 13:41
Dentista e agente funerário presos na noite desta terça-feira (Foto: Marina Pacheco)
Dentista e agente funerário presos na noite desta terça-feira (Foto: Marina Pacheco)

Marco Aurélio Dorsa, 52 anos, o dentista que usava o carimbo de um médico e falsificava atestados de óbito, pagou fiança de cinco salários mínimos – R$ 4.685 – e foi libertado no fim da manhã desta quarta-feira (18).

O agente funerário Anderson Ferreira de Souza, 35 anos, também já está em liberdade. Ele pagou fiança de dois salários mínimos – R$ 1.874 –, conforme arbitrou o delegado responsável pelo flagrante, Hoffman D’Avila Candido de Souza, da 5ª DP (Delegacia de Polícia).

Delegado Hoffman, responsável pelo flagrante, durante entrevista coletiva nesta quarta-feira (18) (Foto: Marina Pacheco)
Delegado Hoffman, responsável pelo flagrante, durante entrevista coletiva nesta quarta-feira (18) (Foto: Marina Pacheco)

Esquema – O dentista e o agente da funerária Anjos da Paz foram presos na noite desta terça-feira (17) e levados à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga.

O esquema foi descoberto depois que uma funcionária do SVO (Serviço de Verificação de Óbito), órgão público responsável pelos atestados e que também emite o documento de forma gratuita, encontrou irregularidade no preenchimento de declaração de óbito de uma pessoa que morreu por causas naturais.

Ela informou o médico Arino Faria da Silva, 47 anos, sobre o problema e foi quando o profissional descobriu que o carimbo e a assinatura dele eram usados para a fraude. Na tarde de ontem, ele procurou a polícia na tarde de ontem.

Segundo o delegado Hoffman, que deu entrevista coletiva no fim da manhã desta quarta-feira (18), Marco Aurélio e Anderson vão responder por falsidade ideológica de documento público. O dentista foi autuado ainda por exercício ilegal da profissão.

Procedimento - Quando uma pessoa morre naturalmente – doença e causas que não por acidente ou homicídio – o médico responsável por atestar o óbito é o que assiste ao paciente.

A família também pode contratar um profissional para emitir um atestado particular, embora a Coordenadoria-Geral de Perícias preste o serviço gratuitamente, por meio do SVO.

No esquema descoberto pela polícia, o dentista sequer examinava as pessoas que haviam morrido, por isso, a polícia investiga a possibilidade dos atestados terem acobertado homicídios.

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