Depois de 20 anos, governo formaliza cedência de prédio à Capital
No local, ao lado do IMOL, funciona o Serviço de Verificação de Òbitos do município
Depois de 20 anos, o prédio onde funciona o SVO (Serviço de Verificação de Óbito) da prefeitura de Campo Grande, passou a ser oficialmente do município nesta segunda-feira (14). O espaço, ao lado do IMOL (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), foi repassado pelo governo do Estado. De acordo com informações da prefeitura, com a regularização da situação, agora é possível pleitear recursos junto ao Ministério da Saúde para custeio da unidade, da ordem de R$ 40 mil por mês.
A assinatura do termo de cooperação mútua entre governo do Estado e prefeitura de Campo Grande aconteceu nesta segunda-feira (14) no gabinete do prefeito Marquinhos Trad (PSD). Segundo o chefe do Executivo, o objetivo principal é melhorar serviço prestado à população. “Eu sou testemunha da angustia das pessoas que perdem os seus entes queridos e ficam apreensivas em um momento tão delicado. A partir de agora, através desta ação realizada de maneira conjunta com o Governo do Estado, unido esforços, esperamos que a gente consiga melhorar o serviço, considerando a possibilidade de novos investimentos”, disse.
“Com essa formalização, nós teremos condições de habilitar a unidade no ministério (da Saúde) e requerer um aporte financeiro que será importante para oferecer um serviço de melhor qualidade”, afirma o secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho.
O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, Antônio Carlos Videira, afirma que a providencia era esperada há muito tempo. “Essa é uma demanda de mais de 20 anos. Aqui estamos dando um passo muito importante mostrando que o Governo do Estado e o município de Campo Grande caminham juntos para atender de forma mais eficiente à população e isso se faz necessário, principalmente neste momento em que as pessoas estão fragilizadas”, complementa.
Como funciona – Vão para o SVO corpos de pessoas que tiveram morte natural sem assistência médica em Campo Grande e os casos de vítimas de doenças de notificação compulsória. A média de atendimento divulgada é de 83,6 óbitos por mês, ou seja, 2,7 óbitos por dia. O quadro funcional do serviços é composto por quatro médicos legistas e um patologista, dois auxiliares de necropsia e três auxiliares de enfermagem.
O termo assinado tem validade de 2 anos, podendo ser renovado por mais 60 dias mediante necessidade. Assinam o documento o prefeito Marquinhos Trad, o secretário municipal de Saúde José Mauro Filho, o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, o secretário de Estado de Administração e Desburocratização, Roberto Hashioka, e a coordenadora-geral de Perícias, Glória Suzuki.