Desfile atrai 35 mil pessoas no feriado de aniversário da Capital
Público ignorou sol forte para prestigiar a apresentação de 65 entidades
Pelo menos 35 mil pessoas prestigiaram na manhã desta sexta-feira o desfile cívico que faz parte das comemorações aos 112 anos de Campo Grande, segundo informações da segurança do evento.
Debaixo de sol forte, o público se aglomerou ao longo da Rua 14 de Julho, entre a 7 de Setembro e a avenida Mato Grosso, para assistir o desfile de 65 entidades, o que representa cerca de 9 mil pessoas na apresentação.
As bandas atraíram as atenções mais uma vez. As batidas em ritmo bastante afinado empolgou quem esteve por lá com canções que variaram das mais tradicionais da cultura brasileira até o Pop, como “Bad Romance” de Lady Gaga.
A professora universitária Sarita Bacciotti, de 32 anos, levou a filha de 1 ano e 10 meses para contemplar o evento.
“Sempre desfilei por ser professora de educação física e hoje, do lado do espectador, achei tudo maravilhoso. As pessoas vêm da cidade toda. As entidades mostraram causas sociais que muita gente não conhece. A preservação da natureza também esteve presente”, destacou.
Entre os exemplos destacados pela espectadora esteve o Desfile Projeto CIM – O Olhar do CIM sobre o meio ambiente, que chamou atenção para a importância do desenvolvimento sustentável.
As colônias japonesa, boliviana, portuguesa, libanesa e de afro descendentes, importantes na formação do povo campo-grandense, também marcaram presença.
Um dos momentos que mais chamaram a atenção do público foi o desfile da colônia gaúcha. Na carroceria do caminhão integrantes da colônia montaram uma espécie de palco com direito a cantor, violeiro, sanfoneiro e até um churrasqueiro, que com um espeto fincado no veículo, atravessou a via oferecendo o apetitoso churrasco ao público.
A alegoria chamou atenção do pequeno Israel Oliveira, de 7 anos. Sentado próximo a grade de proteção e perto do pai, ele afirmou que já estava cansado. Mas nem todas as crianças nesta manhã estiveram perto dos responsáveis. Por pelo menos cinco vezes o cerimonial do desfile anunciou menores que haviam se perdido.
Na contramão dos elogios, Marisa do Vale, de 42 anos, afirmou que só estava ali para assistir o filho, de 19 anos, desfilar pela Cavalaria do Exército. Para ela, o evento perdeu o “respeito cívico”.
“As pessoas perderam um pouco do respeito que havia antigamente, tanto quem assiste como os que desfilam. Talvez muita gente esteja aqui só para prestigiar alguém que vá desfilar”, explicou.
As ruas, interditadas hoje pela manhã na região central da Capital para o desfile, devem ser liberadas por volta de 12 horas, segundo informações da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito).
