ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 19º

Capital

Durante investigação, polícia detectou cerca de 1.500 arquivos de pedofilia

“Posso precisar para vocês que a maioria dos álbuns, eles tinham mais de 300 arquivos baixados”, explicou o delegado Fernando Rocha, responsável pela investigação

Ângela Kempfer, Anahi Zurutuza, Bruna Pasche e Ronie Cruz | 06/02/2019 11:09
Policiais federais com malotes contendo conteúdo apreendido durante buscas nesta quarta-feira (6) (Foto: Henrique Kawaminami)
Policiais federais com malotes contendo conteúdo apreendido durante buscas nesta quarta-feira (6) (Foto: Henrique Kawaminami)

Ao somar a quantidade média de arquivos baixados por 5 homens investigados pela Polícia Federal, são mais de 1.500 as imagens de estupro de crianças e adolescentes armazenadas e compartilhadas pelos pedófilos em Campo Grande e Naviraí.

Em entrevista coletiva há poucos minutos, os delegados responsáveis pela Operação Inocência Violada, desencadeada na manhã desta quarta-feira (6), disseram que ainda não é possível apontar o número exato de material encontrado com os 5 alvos da ação, 4 deles presos em flagrante hoje e o 5º pego durante os 9 meses que duraram a investigação.

A Polícia Federal ainda não sabe a quantidade exata de fotos e vídeos apreendidos na operação desta quarta-feira, mas já na fase de apuração, o tráfego de cenas de sexo envolvendo crianças e adolescentes foi considerável. “Posso precisar para vocês que a maioria dos álbuns, eles tinham mais de 300 arquivos baixados”, explicou o delegado Fernando Rocha, responsável pela investigação.

Em 2017, a Polícia Federal de Campo Grande criou o NuDetective, programa para detectar pornografia infantil. O sistema utiliza algoritmos para varreduras durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão, sem que seja preciso uma busca manual nos computadores dos acusados. A tecnologia facilia o trabalho e deixa mais seguro o processo.

"Quando nossas equipes vão nessas buscas...mantêm a integridade da prova e do computador e não há possibilidade de alegação posterior de que as provas foram plantadas e isso garante a prisão em flagrante pelo armazenamento de imagens", explica o superintendente da PF, Cleo Mazzotti.

 

Da esquerda para a direita, delegados Fabrício Martins, Cleo Mazzotti e Fernando Rocha durante coletiva de imprensa (Foto: Bruna Pasche)
Da esquerda para a direita, delegados Fabrício Martins, Cleo Mazzotti e Fernando Rocha durante coletiva de imprensa (Foto: Bruna Pasche)

A operação - Um dos presos hoje é um militar aposentado da Marinha do Brasil, de 65 anos, que mora em Campo Grande. A polícia não detalhou o motivo da prisão dele.

Além do aposentado, em Campo Grande, foram presos um assistente serviços gerais, de 29 anos, um comerciante de 40 anos. Em Naviraí, um servidor público, de 49 anos, foi alvo da ação.

Desde cedo, as equipes estão nas ruas de cinco cidades de Mato Grosso do Sul em operação contra rede de distribuição de arquivos contendo pornografia envolvendo crianças e adolescentes. Equipes cumprem 11 mandados de busca e apreensão – 7 em Campo Grande, 1 em Chapadão do Sul, 1 em Jardim, 1 em Miranda e 1 em Naviraí.

A força-tarefa deflagrada na manhã desta quarta-feira é resultado de apuração que começou em abril de 2018, a partir de monitoramento pela internet. Os investigadores identificaram pessoas que estariam acessando arquivos com as imagens dos estupros de crianças e adolescentes.

Nos siga no Google Notícias