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Capital

Em cárcere, grávida era torturada e ameaçada de morte no Inferninho

Suspeito também ameaçava matar a mãe e as irmãs da vítima caso ela denunciasse o caso à polícia

Kerolyn Araújo e Mirian Machado | 15/07/2019 09:45
Caso foi registrado na Deam (Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher). (Foto: Mirian Machado)
Caso foi registrado na Deam (Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher). (Foto: Mirian Machado)

A jovem de 18 anos, grávida de sete meses, mantida em cárcere privado em uma residência no bairro Zé Pereira, em Campo Grande, já havia sido torturada outras vezes pelo marido de 22 anos. A vítima era levada para a região do Inferninho, na saída para Rochedo, onde sofria ameaças de morte.

Segundo informações do boletim de ocorrência, a vítima relatou que estava com o autor há quase dois anos e, depois de engravidar, foram morar juntos. Nesse período, a jovem foi levada várias vezes para a região do Inferninho, onde o marido dizia que iria matá-la. Ele também ameaçava matar a mãe e as irmãs da vítima caso ela fizesse denúncia à polícia.

Ainda conforme o registro policial, nos dias frios, a vítima era obrigada a dormir no chão e sem coberta. Em outra situação, ela estava deitada quando o marido jogou um balde de água gelada. A jovem também afirma que, por diversas vezes, ficou trancada em casa e sem comida.

Cárcere - Na última sexta-feira (12), a vítima foi até a casa da mãe lavar roupas. Como estava tarde, ela decidiu dormir na residência. Na manhã de sábado (13), o suspeito chegou ao local xingando e puxando a jovem pelos cabelos.

O marido levou a vítima até a cozinha da residência, colocou uma faca em seu pescoço e ameaçou matá-la. A mãe da jovem tentou ajudar, mas o suspeito ameaçou matar ela e as duas filhas, de 1 ano e 5 meses e 2 anos.

A vítima foi obrigada a deixar a casa com o marido e foi levada para a residência do cunhado. No local, o suspeito pedia para que o irmão e um amigo 'fizessem um serviço' porque a jovem estava rebelde, mas eles negaram. À polícia, ela contou que não sofreu agressões na casa porque a dupla não permitiu. Ambos seriam membros do PCC (Primeiro Comando da Capital).

A mãe da vítima acionou a polícia e a jovem foi encontrada na casa onde morava com o suspeito. Ele foi preso em flagrante e encaminhado à Deam (Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher).

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