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Capital

Em 10 anos, 42 mil pessoas sofreram com acidentes durante o trabalho

Setor de atendimento hospitalar, seguido de coletores de resíduos e supermercados são mais afetados

Por Natália Olliver | 28/04/2024 17:32
Pacientes em atendimento na Santa Casa de Campo Grande, em 2023 (Foto: Divulgação\Arquivo)
Pacientes em atendimento na Santa Casa de Campo Grande, em 2023 (Foto: Divulgação\Arquivo)

Em dez anos, Campo Grande registrou quase 42 mil (41,392) acidentes de trabalho. Os dados do Observatório de Saúde e Segurança no Trabalho mostram que, de 2012 a 2022, quem mais se machucou foram os trabalhadores do setor de atendimento hospitalar, que corresponderam a 15,2% do total.

No ranking ainda aparecem os coletores de resíduos não perigosos, com 6,32%, e o setor de hipermercados e supermercados, com 4,55%. Ao longo desse tempo, 79 pessoas morreram no trabalho ou vítimas de algum tipo de acidente relacionado à profissão que executavam.

O quantitativo é referente às notificações feitas ao MPT (Ministério Público do Trabalho). O assunto é debatido pelos órgãos durante o mês de abril, devido ao Dia Nacional em Memória às Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho, realizado neste domingo (28). O período é marcado pela cor verde.

Este ano, a campanha do ministério aborda o lema "Adoecimento também é acidente do trabalho – conhecer para prevenir". Conforme o MPT, dados mais recentes, até dezembro de 2023, serão divulgados ainda neste mês.

Sobre as lesões mais frequentes, as fraturas aparecem no levantamento com 18,8%, seguida de ferida ou laceração, 14,6%, e contusão ou esmagamento da superfície cutânea, 12,8%. A parte do corpo mais atingida são os dedos, 19,5%. Os pés aparecem em segundo lugar como órgão mais machucado, 9%, e o joelho em terceiro, com 7,84%.

Os principais motivos dos machucados são queda, veículos de transporte e motocicletas, 14,6%, 14,1% e 11,7%, respectivamente. Já quanto à faixa etária mais atingida, as mulheres ficam na casa dos 30 a 34 anos, com 2,6 mil notificações, já os homens dominam a faixa etária mais baixa, dos 18 aos 24 anos, com 4,7 mil notificações de acidentes, de 2012 a 2022.

Justiça - Segundo o TRT-24 (Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região), em Mato Grosso do Sul, de 2012 a 2021, foram destinados R$ 609 milhões para aposentadorias por invalidez ocasionadas por acidentes de trabalho. Durante esse período, também foram gastos R$ 387 milhões com auxílio-doença por acidentes de trabalho no Estado. Esses dados da série histórica abrangem o período de 2012 a 2021.

Em 2023, a Justiça do Trabalho em Mato Grosso do Sul recebeu 3.261 novos processos sobre doenças ocupacionais e 2.723 ações referentes a acidentes de trabalho. Os dados mais recentes, de 2022, indicam que Campo Grande foi a cidade com mais notificações de acidentes de trabalho (41,3%), seguida por Dourados (10,3%) e Três Lagoas (7,04%), totalizando 10 mil acidentes e 58 mortes no estado.

Acidentes -  Conforme o MPT, no ano passado, Mato Grosso do Sul registrou 8.928 acidentes de trabalho, sendo 8.678 típicos e 172 motivados por doenças ocupacionais. O Estado contabilizou 55 vítimas de acidentes fatais nos últimos 12 meses.

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