Em reunião com Corregedoria, advogados e sindicalistas pedem combate à corrupção
Corregedor nacional do Ministério Público ouviu pedidos de representantes da sociedade para melhor atuação do MPE nesta questão
O combate à corrupção em Mato Grosso do Sul foi o assunto debatido em reunião entre representantes da sociedade e a Corregedoria Nacional do Ministério Público, na tarde desta segunda-feira, no auditório da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil) seccional de Mato Grosso do Sul.
Entre os pedidos, conclusão da investigação contra o procurador de Justiça, Miguel Vieira, ex-chefe do MPE (Ministério Público Estadual) e melhor atuação do órgão estadual contra a corrupção.
O advogado Jully Rider, da secretaria da Comissão de Acompanhamento de Denúncias de Corrupção disse, sobre o caso do ex-procurador geral do MPE, que a presença da Corregedoria Nacional “alimenta a esperança de solução”, “Nós, a sociedade civil esperamos uma resposta”.
Carmelino Resende, advogado e Conselheiro Federal da OAB, pediu melhor atuação do MPE no combate à corrupção e que a Corregedoria Nacional do MP tenha atenção especial neste sentido. “É preciso fazer um limpa na corrupção em Mato Grosso do Sul”, resumiu.
Respostas - Jeferson Coelho, corregedor geral do MP, explicou que o processo disciplinar contra Miguel Vieira foi avocado para o Conselho Nacional do Ministério Público porque o trâmite no Estado estava além do razoável. Agora, o processo está com o ministro Adilson Gurgel.
Com parecer de demissão, o procedimento contra Miguel Vieira foi concluído em julho do ano passado. Contudo, não chegou ao próximo passo, que é a votação pelo Colégio de Procuradores. Conforme o corregedor Silvio César Maluf, não houve quorum para a votação, pois a maioria se declarou impedido.
O corregedor geral declarou ainda que tramita também contra o ex-chefe do MPE ação criminal no Superior Tribunal de Justiça, cujo relator é o ministro Gilson Dipp.
Já sobre a atuação do MPE no combate à corrupção, Jéferson Coelho falou. “Já que estamos aqui, vamos verificar quais os fatos, quais os processos e quais encaminhamentos foram dados, quais não foram e quais serão dados”.
Jéferson Coelho disse que várias situações que ainda não conhecia foram levantadas durante a reunião e todas serão analisadas. “Nós não furtaremos de verificar todos esses aspectos”, concluiu.