Empresa nega envolvimento em desvio e diz que apenas operava conta de cliente
A Soffy afirma que atua apenas como facilitadora tecnológica, sem ingerência sobre operações de seus clientes

Apontada em reportagem sobre um esquema de desvio milionário envolvendo ataque hacker e fraude bancária, a Soffy Soluções de Pagamentos, fintech investigada por suposto envolvimento no maior ataque hacker da história do sistema financeiro brasileiro, negou qualquer participação no crime. Em nota, a empresa afirma que atua apenas como facilitadora tecnológica, sem ingerência sobre as operações financeiras de seus clientes.
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A Soffy Soluções de Pagamentos negou envolvimento no maior ataque hacker da história do sistema financeiro brasileiro, que resultou no desvio de R$ 541 milhões do banco BMP através de transferências via Pix. A fintech, que tem como sócio o ex-chef Stevan Paz Bastos, afirma atuar apenas como facilitadora tecnológica. Em nota, a empresa declarou que a conta que recebeu os valores desviados pertencia a um cliente parceiro autônomo. A Soffy informou estar cooperando com as autoridades e ressaltou que bloqueou imediatamente a conta após tomar conhecimento do caso, seguindo seus protocolos de segurança.
Proprietário de uma distribuidora de bebidas em Campo Grande, o ex-chef de cozinha Stevan Paz Bastos, de 36 anos, figura como sócio da empresa. Fintech é uma empresa que utiliza tecnologia para oferecer serviços financeiros de forma mais eficiente, inovadora e acessível do que os modelos tradicionais, como bancos e financeiras.
Segundo as investigações, a fraude ocorreu na madrugada de 30 de junho, quando criminosos conseguiram desviar R$ 541 milhões do banco BMP por meio de uma sequência de transferências via Pix. A Soffy recebeu 69 dessas transações e é suspeita de atuar como empresa de fachada para dispersar o dinheiro, parte convertido em criptomoedas como USDT e outra repassada a dezenas de pessoas físicas.
A Soffy comparou sua função à de uma “maquininha de cartão de crédito”, alegando que não tem controle sobre os produtos, serviços ou relações comerciais entre os parceiros que utilizam sua plataforma e seus respectivos clientes finais. “Não somos responsáveis pela qualidade ou legalidade de suas operações”, diz trecho da nota.
A empresa também declarou que a conta bancária que recebeu os valores desviados não pertence à Soffy nem está vinculada operacionalmente à fintech. De acordo com a nota, trata-se de uma conta aberta por um cliente parceiro, que operava de forma “autônoma e independente” por meio da infraestrutura tecnológica oferecida.
A Soffy repudiou qualquer suspeita de que seria uma "empresa de fachada" e classificou as acusações como “infundadas e irresponsáveis”. A fintech afirma ter bloqueado imediatamente a conta envolvida, assim que tomou ciência do caso, e notificado o parceiro responsável, conforme seu protocolo interno de segurança.
Segundo a empresa, o golpe foi viabilizado por meio de um ataque hacker do tipo “Supply Chain”, ou seja, uma ação indireta que comprometeu sistemas de terceiros conectados à operação, como apontado pelas investigações e pela prisão de um funcionário de TI da empresa C&M.
A Soffy informou que está cooperando com o Banco Central, Polícia Civil e Polícia Federal, fornecendo todos os documentos e informações necessários à apuração. Por fim, a fintech sustentou que não pode ser responsabilizada pela má-fé ou conduta criminosa de terceiros. A empresa reforçou que decisões recentes da Justiça brasileira têm isentado intermediadoras de pagamento em casos semelhantes.
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