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Capital

Empresário teria “fechado” policial ao desviar de buraco na Ernesto Geisel

Versão foi contada à família por amigo de Adriano Correa, 33 anos, que estava no carro com empresário e também foi vítima

Luana Rodrigues e Marcus Moura | 01/01/2017 10:40
Buraco na Avenida Ernesto Geisel, entre a Afonso Pena e a Rua João Rosa Pires, pode ter causado "fechada" que resultou na morte de empresário. (Foto: Alcides Neto)
Buraco na Avenida Ernesto Geisel, entre a Afonso Pena e a Rua João Rosa Pires, pode ter causado "fechada" que resultou na morte de empresário. (Foto: Alcides Neto)
Policial disparou contra empresário, que bateu em poste e morreu no local. (Foto: Simão Nogueira)
Policial disparou contra empresário, que bateu em poste e morreu no local. (Foto: Simão Nogueira)

Um buraco no meio do caminho pode ter custado a vida do empresário Adriano Correia do Nascimento, 33 anos. Segundo a família, foi ao desviar de uma abertura no asfalto que rapaz acabou fechando o policial Ricardo Hyun Su Moon, 46 anos, motivo pelo qual os dois iniciaram uma discussão que terminou na morte do rapaz e deixou outras duas pessoas feridas na madrugada deste sábado (31).

De acordo com Maria Aparecida Espinosa, 52 anos, irmã de Agnaldo Espinosa da Silva, 48 anos, que estava no carro com Adriano, o irmão contou com detalhes como tudo aconteceu e ainda não consegue acreditar na morte do melhor amigo.

“Ele disse que eles seguiam pela Ernesto Geisel, quando o Adriano viu um buraco e desviou de repente. Com isso, o carro deles acabou fechando o do policial, que em seguida passou na frente deles”, explica.

Percebendo a irritação do outro motorista, Adriano teria parado o carro para tentar uma conciliação. “Ele desceu pedindo desculpa, mas o policial disse que iria chamar a polícia de trânsito. Meu irmão disse que ele podia chamar, então ele falou que era policial e que estava abordando eles. Meu irmão pediu a credencial dele, ele sacou a arma e disse: essa é minha credencial”, detalha.

Neste momento, segundo Aparecida, as vítimas se assustaram e voltaram correndo para o carro, momento em que o policial, que estava de frente para o veículo, começou a atirar. “Eles pensaram que era um assalto ou algum encrenqueiro disposto a atirar, nunca um policial. Ficaram com medo e correram”, disse.

Mesmo depois de atirar diretamente contra o veículo de Adriano, Ricardo ainda perseguiu as vítimas por algumas quadras. Até que o rapaz perdeu o controle do veículo e bateu em um poste.

“Meu irmão está desolado. No acidente ele quebrou o braço e o filho levou dois tiros na perna. Mas está arrasado porque perdeu o melhor amigo numa situação dessas e nem vai poder dar o último adeus a ele”, lamenta a mulher.

Agnaldo e o filho de 17 anos seguem internados na Santa Casa de Campo Grande. Os dois estão conscientes e orientados, e passam bem. O velório de Adriano está sendo realizado na Rua Ipamerim, bairro Moreninha ll, na Capital.

Buraco - O Campo Grande News foi até o local, onde a briga entre autor e vítima teria ocorrido. De fato, existe um buraco na Avenida Ernesto Geisel, entre a Afonso Pena e a Rua João Rosa Pires, na pista do meio.

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