ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, QUINTA  28    CAMPO GRANDE 29º

Capital

Engolido pela cidade, anel rodoviário vê pouca coisa mudar com concessão

Defensas metálicas barram atalhos para a pista, mas conversões proibidas persistem

Aline dos Santos | 07/04/2017 14:23
Rodovia cruza cidade e tem poucos pontos sinalizados para travessia. (Foto: Alcides Neto)
Rodovia cruza cidade e tem poucos pontos sinalizados para travessia. (Foto: Alcides Neto)

Com alguns trechos engolidos pela cidade, o anel rodoviário de Campo Grande, no trecho de 24,5 quilômetros da BR-163 entre as saídas para São Paulo e Cuiabá, sob concessão privada, permanece à espera de duplicação.

A última previsão era de obras em 2017. Contudo, o cenário se alterou apenas com a instalação de defensas metálicas, barreira para reduzir os atalhos que dão acesso à rodovia e viravam oportunidade para manobras perigosas e, por vezes, fatais.

Na manhã de quinta-feira (6), a reportagem percorreu em 24 minutos o trecho do anel pela BR-163, rodovia concedida desde 2014 à CCR MS Via, que cobra pedágio. A partir da rotatória na saída para São Paulo, há o encontro com o tráfego pesado e ruidoso da via, que é o principal corredor para escoamento de safra.

“Vai atrasando um pouco", diz caminhoneiro sobre a lentidão quando rodovia e cidade se encontram.
(Foto: Alcides Neto)
“Vai atrasando um pouco", diz caminhoneiro sobre a lentidão quando rodovia e cidade se encontram. (Foto: Alcides Neto)

No Jardim Itamaracá, a Rua Caviana, paralela à rodovia, concentra transportadoras e oficinas. Numa espécie de pista anexa, muitos caminhões fazem parada. No cruzamento das vias, uma placa proíbe a conversão para esquerda, mas a ordem é constantemente desobedecida. “Todo mundo vira aqui porque a outra entrada é muito ruim”, afirma Thayane Fereira Salles, 26 anos.

Ela usa o anel rodoviário para ir de casa ao trabalho, num centro de distribuição de produtos farmacêuticos. Em geral, diz que o trajeto é tranquilo. “Mas já passei alguns sustos”, diz.

Para o caminhoneiro Joel Martins de Almeida, 63 anos, a pista simples no trecho em que a rodovia corta a capital do Estado retarda a viagem. “Vai atrasando um pouco. Preferia se fosse pista dupla”, diz. Ainda de acordo com ele, a maioria das capitais têm anel rodoviário com pista dupla.

Proprietária de uma oficina, Salete Quadros Miranda, 44 anos, conta que a proibição de conversões entre a Rua Caviana e rodovia prejudicou o acesso dos clientes. “Quem entra na oficina não pode sair. Ficou ruim”, afirma.

No trajeto até a saída para Cuiabá, há poucos trechos organizados na junção de cidade e rodovia. Perto do residencial de luxo Damha há um viaduto. Perto do bairro Maria Aparecida Pedrossian, um pontilhão interliga a rodovia com a BR-262, na saída para Três Lagoas.

Em frente à Uniderp Agrárias o fluxo é organizado por conjunto de semáforos. Na entrada do Jardim Montevidéu, o condutor que precisa cruzar a rodovia para entrar no bairro deve aguardar no acostamento. Motivo de impasse em 2015, o projeto previa 10 pontos de travessias no macroanel.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa CCR MS Via e até a publicação dessa matéria não recebeu resposta sobre o cronograma de duplicação e pontos de travessia no anel rodoviário.

Confira a galeria de imagens:

  • Campo Grande News
  • Campo Grande News
  • Campo Grande News
  • Campo Grande News
Nos siga no Google Notícias