Enquanto polícia caça "Hulk", Graziele é sepultada em despedida breve
Corpo de vítima de assassinato por ex-companheiro foi levado para Poconé, no Mato Grosso
Foi trasladado para Poconé, cidade do Mato Grosso distante 800 km de Campo Grande, o corpo de Graziele Quele Ferreira Gomes, de 39 anos, encontrada morta e enterrada em fossa desativada de residência na Rua Pintassilgo, no Bairro Morada Verde, nesta sexta-feira (1º). Enquanto a família sepulta a vítima neste sábado (2), sem velório por causa da pandemia de novo coronavírus, as forças policiais seguem a caça por “Hulk”, o ex- namorado de “Grazi”, como era conhecida entre os vizinhos.
O homem apontado como autor do feminicídio chama-se Edson Firmo Camargo e tem 39 anos. Segundo as informações obtidas pela reportagem, o GOI (Grupo de Operaçoes e Investigações) e a Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher), estão trabalhando para capturar o feminicida. A PM (Polícia Militar) também está em alerta para encontrar o fugitivo.
Três pessoas estão presas por auxiliar o assassino, uma mulher, uma travesti, também conhecida como “Gilsão”, e um homem cujo apelido é “Alemão”.
A mulher presa, segundo levandado, seria a atual namorada de “Hulk”, encontrada na casa dele, localizada ao lado do terreno onde o corpo de Graziele foi achado.
Histórico de agressões - Graziele era constantemente agredida durante o relacionamento, segundo os testemunhos. À polícia, “Gilsão” teria afirmado que a outra mulher é a nova companheira de "Hulk" e estava morando com ele havia pelo menos dois meses. Na casa de "Hulk", a polícia encontrou um pé de cabra e investiga se foi para matar Graziele.
A polícia suspeita que a atual companheira do feminicida tenha limpado a casa para apagar as provas do crime. Ela negou. Marcas de sangue não foram encontradas dentro da residência, mas a polícia identificou gotas no quintal.
Não foi divulgado ainda como a mulher foi morta.
Conforme levantado pela reportagem, familiares dela em Campo Grande fizeram o reconhecimento do corpo ainda ontem e providenciaram o traslado para Poconé, cidade a 100 quilômetros de Cuiabá, capital de Mato Grosso.
O sepultamento está previsto esta tarde, no cemitério público da cidade, sem direito a velório, por causa das regras impostas em razão da pandemia de novo coronavírus.
(Colaborou Natália Araújo, do Jornal A Gazeta de Mato Grosso)
