Ex-esposa do braço direito de Marcola é alvo de ação contra lavagem de dinheiro
Mulher que foi casada com Júlio César Guedes, o Julinho Carambola, teria recebido quase R$ 3 milhões da facção
Identificada como Jaqueline Maria Afonso Amaral, apontada como ex-esposa do líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) Júlio César Guedes de Moraes, o “Julinho Carambola”, foi alvo de busca e apreensão durante a Operação Fruto Envenenado, deflagrada pelo Ficco (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado) em Campo Grande, na manhã desta quinta-feira (21).
RESUMO
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Operação mira lavagem de dinheiro ligada ao PCC em Campo Grande. A Polícia Federal deflagrou a operação "Fruto Envenenado" nesta quinta-feira (21), cumprindo mandados de busca e apreensão e bloqueando mais de R$ 2,7 milhões. O alvo principal é a ex-esposa de um líder do PCC, conhecido como "Carambola". A suspeita, identificada como Jaqueline Maria Afonso Amaral, é acusada de receber valores da facção entre 2018 e 2022 para manter um alto padrão de vida. Veículos de luxo, munições e celulares foram apreendidos em endereços ligados a ela. A operação contou com o apoio da Polícia Militar, Polícia Penal e Senappen.
Durante a ação, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão e também o bloqueio de mais de R$ 2,7 milhões que seriam provenientes da facção. As investigações apontaram que a principal suspeita é ex-companheira de um dos líderes do grupo e recebeu o dinheiro entre 2018 e 2022 para “sustentar uma vida de luxo”.
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As ordens judiciais foram cumpridas em uma residência na Vila Nhanhá, onde foi apreendido um veículo Jeep Compass em nome da mãe da investigada, que é empresária. Os policiais também estiveram no condomínio Shalom, na saída para Três Lagoas, onde foi apreendida uma BMW X1.

Foram usadas contas bancárias em nomes de familiares e amigos próximos para ocultar a origem dos valores. Nas buscas, foram apreendidos celulares, munições e veículos. O nome da operação tem relação com a origem do dinheiro recebido pela investigada e o apelido do líder da facção, “Carambola”.
A ação também contou com equipes da Polícia Federal, da Polícia Militar, da Polícia Penal e da Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais). Conforme apurou o Campo Grande News, ela foi casada com "Carambola" por 20 anos e, em 2021, esteve nos noticiários após começar a se relacionar com um cantor sertanejo.
Júlio foi condenado a mais de 168 anos de prisão e é apontado como o número dois na hierarquia do PCC. Investigação do MPSP (Ministério Público de São Paulo) aponta que ele assumiria o comando da facção em eventual ausência de Marco William Herbas Camacho, o Marcola.
Em nota, a defesa de Jaqueline destacou que ela está separada de Julinho há anos e que a mulher foi surpreendida com as diligências de busca em sua residência "sob pretexto de investigação de supostas ligações com integrantes de organização criminosa".
Atualmente, a mulher mantém atividade empresarial lícita e um relacionamento com o cantor Diego Barros da Silva, da dupla sertaneja “Henrique e Diego”, dona do sucesso “Suíte 14”.
"Não tendo nada a esconder (...) inclusive entregou seu celular com a senha de acesso, considerando que não há nada ilícito no seu conteúdo", diz a nota. "A defesa, assim que tiver acesso ao processo, poderá esclarecer com mais propriedade as circunstâncias que levaram ao equívoco de torná-la alvo da referida operação", finaliza o advogado Luiz Gustavo Battaglin Maciel.
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(*) Matéria editada para acréscimo de resposta.