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Capital

Funcionários param e deixam 15 mil crianças sem aulas nas creches

Flávia Lima | 13/05/2015 10:45
Em assembleia no início do mês, categoria aprovou reajuste de 9%, que agora gerou impasse. (Foto:Divulgação)
Em assembleia no início do mês, categoria aprovou reajuste de 9%, que agora gerou impasse. (Foto:Divulgação)

Cerca de 1,1 mil profissionais, entre recreadores, atendentes, cozinheiras e pessoal da limpeza dos 99 Centros de Educação Infantil (Ceinf's) e 19 CRAS (Centros de Referências de Assistência Social), de Campo Grande, decidiram paralisar as atividades nesta quinta-feira (14) devido a um impasse salarial entre a prefeitura e a administração da Omep (Organização Mundial para Educação Pré-Escolar) e da Seleta (Sociedade Caritativa e Humanitária), responsáveis pela contratação desses profissionais.

Segundo a presidente do Senalba (Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional no Estado de Mato Grosso do Sul), Maria Joana Barreto, na primeira semana de maio a categoria se reuniu com a direção das duas entidades e ficou acordado um reajuste de 9%, referente a inflação do período, além da redução da jornada de trabalho de 7 para 6 horas, caso a prefeitura liberasse.

Em contato com a Secretaria Municipal de Administração, que faz os repasses financeiros para manter os convênios com as entidades, a categoria foi informada de que a gestão municipal não autorizaria o índice de 9% devido a falta de verba, apenas a redução da jornada seria consentida

Maria Joana diz que a direção da Seleta e da Omep alegaram que o valor dos repasses é insuficiente para conceder o reajuste. Inicialmente a categoria pediu 20%, mas aceitou os 9%, proposto pela direção das entidades.

Com a paralisação das atividades, pelo menos 15 mil crianças, apenas nos Ceinfs, ficarão sem atendimento. Por não ser considerada atividade essencial, como do setor da Saúde, o sindicato não pretende manter os 30% de funcionários trabalhando para garantir o atendimento mínimo.

"Os trabalhadores querem a valorização profissional, exercem as mesmas funções de profissionais concursados da prefeitura, no entanto, além de receberem salários inferiores, trabalham 1 hora a mais”, disse Maria Joana.

No Diário Oficial desta terça-feira (12), a prefeitura autorizou a formação de uma comissão para analisar se há falta de funcionários nos Ceinfs.

De acordo com ela, tanto a Seleta quanto a Omep não deram parecer sobre a inclusão da redução da jornada nas cláusulas do acordo e aguardam reunião com o secretário de Administração Wilson Prado, que está em viagem.

A categoria ainda fará uma nova assembleia nesta quarta-feira (13), às 18 horas, na sede do sindicato, com a expectativa de uma sinalização positiva da prefeitura quanto o reajuste oferecido anteriormente pela direção das entidades.

A Prefeitura foi procurada para falar sobre a greve, mas não deu retorno até o momento.

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