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Capital

Funcionários vão à Justiça contra calote de loja que amanheceu "limpa"

Guilherme Henri | 15/06/2016 12:29
A loja estava aberta há três anos e fechou da noite para o dia deixando 15 funcionários sem receber seus direitos (Foto: Wilson Aquino/ Divulgação)
A loja estava aberta há três anos e fechou da noite para o dia deixando 15 funcionários sem receber seus direitos (Foto: Wilson Aquino/ Divulgação)

Pelo menos 15 funcionários de uma loja de confecções localizada na área central de Campo Grande ingressaram com ações na justiça para tentar receber o calote que receberam do proprietário do comércio. Isso porque, quando foram trabalhar foram surpreendidos com o local “limpo” e não receberam salários ou rescisões trabalhistas.

O caso veio a tona nesta quarta-feira (15), contudo, conforme a advogada que cuida da ação de uma das funcionárias, Raphaela Silva Modeneis Reis, o “sumiço” aconteceu no final do mês passado. Trata-se da loja "Fabi Confecções", na rua 13 de Maio, 2.500, quase esquina com a Barão do Rio Branco. “A loja estava aberta há cerca de três anos e era de propriedade de Lindomar Moraes, que está incomunicável”, disse a advogada.

O caso foi levado pelos funcionários ao SECCG (Sindicato dos Empregados no Comércio de Campo Grande), que está ingressando com ações trabalhistas contra a empresa para garantir os direitos dos empregados. “É lamentável um procedimento dessa natureza, que, ao que tudo indica, de má fé do empresário que fugiu, sem pagar os direitos dos trabalhadores”, afirmou Idelmar da Mota Lima, presidente do sindicato.

A funcionária Adriely S. A. informou que tem quase dois anos de trabalho na Fabi Confecções e que o empresário Lindomar Moraes veio de Goiânia, de onde comprava a maioria de suas mercadorias revendidas.

Ela afirmou que a maioria dos funcionários da loja tem em média um ano e oito meses de casa e lamentou não só a perda do trabalho, mas também o calote que recebeu do empresário que levou todas as mercadorias e mobílias da loja, certamente durante a noite.

Ao Campo Grande News, funcionários de lojas próximas disseram que eles sempre estranharam o fato de que no tempo que a loja estava aberta o proprietário nunca foi visto por eles. “Eram sempre funcionários ou gerentes que entravam em contato conosco. Não sabemos nem o rosto desse proprietário”, disse uma funcionário de uma loja vizinha, que não quis revelar seu nome.

Ela ainda informou que soube do boato que o suspeito do calote também era proprietário de uma loja de confecções no bairro Tijuca, entretanto a informação não foi confirmada pela advogada que conta que soube que o empresário possuía uma outra loja, porém no interior do Estado.

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