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Capital

Garoto de 14 anos ajudou irmão a matar estudante de seis anos

Nadyenka Castro | 16/04/2013 17:40
Adolescente foi apreendido quando fugia para o interior de São Paulo.
Adolescente foi apreendido quando fugia para o interior de São Paulo.

O assassinato do pequeno Kauã, de seis anos, no último dia 4, em Campo Grande, tem mais um triste capítulo. Um garoto de 14 anos também está envolvido na morte do menino, que aconteceu na casa onde ele morava com a mãe e a irmã, de 10 anos, no Jardim Itamaracá.

De acordo com o delegado Maércio Barbosa, da Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e à Juventude), o garoto é irmão do adolescente de 17 anos, apreendido dois dias após o crime. “Eles agiram juntos”, fala.

Após a apreensão do adolescente, pela Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), o caso foi para a Deaij. Lá, o rapaz foi novamente ouvido e após ser confrontado com informações passadas por testemunhas, confessou que Kauã havia sido morto por ele e pelo irmão.

Os policiais então foram à procura do garoto, no entanto este já havia ido para o interior de São Paulo. Toda a família já havia comprado passagens para Campinas, antes do assassinato acontecer.

O adolescente foi apreendido em Bataguassu, quando seguia viagem para Campinas. Ele e o irmão venderam o DVD roubado por R$ 20.

Os irmãos entraram na residência porque já eram conhecidos do menino, que até ofereceu maçã a eles. O garoto ficava sozinho em casa enquanto a mãe trabalhava e a irmã estava na escola.

À imprensa, antes da participação do irmão ser revelada, o adolescente declarou que foi a casa de Kauã “roubar”, porque já havia feito isso há cerca de um mês, quando levou R$ 50,00 que estavam escondidos em um pote da cozinha.

Ele também falou que quando chegou, viu o menino na porta, comendo pão e maçã e foi recebido com carinho. Ele ainda advertiu o menino que a mãe poderia chegar e achar ruim, mas Kauã respondeu que ela só voltaria “depois do filminho que passa na televisão à tarde”.

Mais seguro, o rapaz entrou e passou a revirar tudo dentro da casa, em busca de algo de valor. Kauã percebeu e começou a gritar. Esperto, o menino ainda tentou envenenar o agressor com inseticida, mas fraco diante do rapaz forte, de 1,75 metro, perdeu a disputa.

Quando voltou para a casa da mãe, onde morava com a namorada, o adolescente contou tudo para as duas, mas afirma que só ficou sabendo da morte pela televisão. “Fiquei desesperado e fui contar para minha mãe e meu irmão. Daí pedi para a minha namorada continuar acompanhando pela televisão”.

A mãe teve então a ideia de antecipar a viagem do adolescente, que já planejava se mudar para Campinas e pediu a ele que embarcasse ainda na sexta-feira, um dia após o assassinato.

A Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente já monitorava a família e solicitou à delegacia de Bataguassu que fizesse a prisão.

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