Greve de motoristas afeta creche e pais são orientados a voltar para casa
Sem limpeza e cozinha, Emei improvisa atendimento durante paralisação do transporte na Capital
A greve dos motoristas de ônibus em Campo Grande já provoca reflexos diretos no funcionamento de serviços essenciais, como, por exemplo, a educação. A Escola Municipal de Educação Infantil Emy Ishida Nascimento Nogueira, localizada na Avenida Antônio Maria Coelho, no Bairro Santa Fé, enfrenta dificuldades para manter a rotina nesta segunda-feira (15) devido à ausência de professores e funcionários que não conseguiram chegar ao trabalho.
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A greve dos motoristas de ônibus em Campo Grande está afetando serviços essenciais na cidade. Na Escola Municipal de Educação Infantil Emy Ishida Nascimento Nogueira, professores e funcionários não conseguiram chegar ao trabalho, causando transtornos para famílias que precisaram retornar com seus filhos para casa. A paralisação, iniciada em 11 de dezembro devido ao não pagamento integral dos salários, continua mesmo após o Consórcio Guaicurus ter efetuado 50% dos pagamentos devidos. A situação tem forçado adaptações emergenciais, com diretores assumindo funções na cozinha para manter o atendimento mínimo nas escolas.
Com o quadro reduzido, a unidade escolar tem se virado com os profissionais disponíveis para atender as crianças. A situação causou transtornos para famílias, e alguns pais dizem que foram orientados a retornar para casa por falta de condições de atendimento. Pouco tempo depois, mães receberam ligações da escola informando que poderiam levar novamente os filhos.
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Um dos pais, que preferiu não se identificar, relatou que chegou atrasado à escola e encontrou o diretor na porta informando sobre a situação.
“Ele estava na porta perguntando se eu podia levar meu filho de volta para casa, porque estava sem o pessoal da limpeza e da cozinha por causa da greve”, contou.
Segundo ele, a situação era visivelmente difícil. “Eu vi que ele me olhou meio desesperado, entendi que eles não tinham alguém para cuidar. Preferi trazer de volta e ajudá-lo também.”
Outra mãe, que também não quis se identificar por receio de não ter onde deixar o filho, contou que inicialmente foi orientada a levar a criança de volta para casa, mas depois recebeu uma ligação da escola.
“Estão se virando com o que tem. Até a diretora foi para a cozinha. Como eu tenho que trabalhar, não tinha com quem deixar meu filho. De fato, teve a orientação de que algumas crianças não tinham como ficar”, relatou.
Já a pedagoga aposentada Enedir Maria, de 63 anos, conta que conseguiu deixar o neto no berçário. Ela retornou à escola apenas para levar a mamadeira que havia sido esquecida.
“Eu vim trazer a mamadeira que meu filho esqueceu de trazer. A escola está funcionando normalmente, ninguém falou nada para mim”, afirmou.
A reportagem do Campo Grande News entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande para obter esclarecimentos sobre a situação e aguarda retorno.
Situação - A greve dos motoristas de ônibus foi decidida em assembleia no dia 11 de dezembro, após o não pagamento integral dos salários da categoria, que deveria ter ocorrido no dia 5 de dezembro.
Já no dia 12 de dezembro, o Consórcio Guaicurus informou ter efetuado o pagamento de 50% dos salários devidos, mas a medida não foi suficiente para suspender a paralisação.
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