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Capital

Hospital do trauma é rebaixado a unidade e só abrirá no fim de 2015

Aliny Mary Dias e Aline dos Santos | 16/07/2014 10:30
Obras estão paradas desde 2012 e começaram em 2002 quando o projeto era ser uma maternidade (Foto: Arquivo)
Obras estão paradas desde 2012 e começaram em 2002 quando o projeto era ser uma maternidade (Foto: Arquivo)

A novela que envolve a construção do Hospital do Trauma, anexo a Santa Casa da Capital, tem capítulos recheados de burocracia desde que a obra da antiga maternidade, iniciada em 2002, foi reclassificada para a especialidade de trauma, em 2010. Mais uma vez a obra mudou de nome e agora será a Unidade do Trauma e a expectativa da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande) é que as portas só abram mesmo no fim de 2015.

O presidente da ABCG, Wilson Teslenco, explica que o hospital tem até o dia 20 de agosto para apresentar planilhas e orçamentos solicitados mais uma vez pelo Ministério da Saúde. O pedido ocorreu em razão de inconformidades encontradas pela auditoria feita pela pasta na obra que já teve investimento de mais de R$ 9,5 milhões.

Após o envio da documentação, o ministério deve levar de dois a três meses para avaliar tudo. Se a construção da obra for liberada pelo órgão, o prédio deve demorar 1 ano para ficar pronto e mais três mneses para ser aparelhado. Por isso, a previsão é de começar a funcionar no fim do ano que vem.

Apesar de toda a burocracia, Teslenco afirma que o ministro da saúde, Arthur Chioro, garantiu “que terá muito empenho para resolver”, explica o diretor da ABCG. Para concluir a obra, são necessários mais R$ 6 milhões, sendo que R$ 3 milhões já estão em caixa e outros R$ 8 milhões para compra de equipamentos também, mas os recursos seguem retidos e só poderão ser usados após liberação do Ministério.

Outro capítulo da construção do hospital agora é uma nova reclassificação do projeto. O que antes seria o Hospital do Trauma, agora será uma Unidade do Trauma. De acordo com Teslenco, o “rebaixamento” ocorreu porque a unidade “não terá vida própria”, isso porque usará estruturas como a cozinha e a lavanderia do hospital geral da Santa Casa. Para ser definido como hospital, o empreendimento precisa ter estrutura plena para funcionar e não pode depender de outras unidades, como será o caso do Trauma.

Anos de espera - O local onde hoje é construída Unidade do Trauma saiu do papel há 12 anos e para ser maternidade. Em 2004, houve percepção de que o número de partos caiu e a direção da Santa Casa optou em ampliar o hospital.

Porém, o Ministério da Saúde ordenou que as obras fossem paralisadas com o argumento de que “este não era o combinado”. O projeto foi alterado em 2008, em Brasília (DF). No dia 28 de junho de 2010, as obras recomeçaram já como Hospital do Trauma.

Em dezembro de 2012 tudo parou mais uma vez. A construção já recebeu recebeu R$ 9.506.85,79, deste total, R$ 1.199.455,88 foram pagos para a Realce entre 2002 e 2004 e R$ 5.293.662,35 para a Coletto, de 2010 a maio de 2013.

O presidente da ABCG explica ainda que informalmente o Ministério da Saúde solicitou à Santa Casa que rescindisse o contrato com a Coletto, mas a unidade ainda está avaliando a situação. “Pode ser feito encontro de contar, se foi pago valor a mais, pode ser descontado em contratos futuros ou então não haver reajustes”.

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