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Capital

Ignorados pela polícia, ladrões 'fazem festa' em 15 casas todos os dias

Viviane Oliveira | 04/05/2017 08:27
Gavetas reviradas e objetos foram jogados ao chão  (Foto: Direto das Ruas)
Gavetas reviradas e objetos foram jogados ao chão (Foto: Direto das Ruas)
Parede de quarto foi pichada (Foto: Direto das Ruas)
Parede de quarto foi pichada (Foto: Direto das Ruas)

Bandidos invadiram uma casa, picharam paredes, fizeram cocô no aquário, jogaram o aparelho de alarme na piscina e reviraram tudo, inclusive mantimentos. Depois dos estragos, eles fugiram levando televisão, roupas, dinheiro, notebook, tablet, óculos e relógios.

Crimes de furto é um dos mais comuns na Capital, sobre o qual as forças de segurança não têm controle dos números e nem dos bairros, onde os casos são mais frequentes. Somente de terça para a manhã de quarta-feira (3), foram registrados nas duas delegacias de plantão 15 casos em residências. Os números foram consultados no sistema de registro de boletim de ocorrência da Polícia Civil. 

O fato que abre a reportagem aconteceu por volta das 16h de terça-feira (2), no Jardim Monumento, região sul de Campo Grande. Para evitar situação como esta, os moradores criaram um grupo no WhatsApp, no entanto, furtos têm ocorrido com frequência na redondeza. Na ocasião, um morador chegou a deter um dos suspeitos de 13 anos, mas por falta de provas o soltou antes da chegada da polícia.

Comerciante de 34 anos, proprietário da residência invadida, conta que mora no local há 15 anos e já foi alvo de bandidos cinco vezes. “Os criminosos entraram na casa que faz fundo com a minha. Em seguida, eles pularam para o meu quintal e arrombaram a janela da cozinha”, lamenta.

Ainda segundo a vítima, os ladrões arrancaram e jogaram a discadora da central de alarme na piscina, comeram comida, jogaram sorvete no chão, picharam a parede de um dos quartos do imóvel e ainda fizeram cocô em um aquário pequeno. O comerciante registrou o caso na polícia e a perícia técnica foi acionada. 

Aparelho de alarme foi jogado na piscina (Foto: Direto das Ruas)
Aparelho de alarme foi jogado na piscina (Foto: Direto das Ruas)
Os ladrões fizeram até cocô no aquário (Foto: Direto das Ruas)
Os ladrões fizeram até cocô no aquário (Foto: Direto das Ruas)

Sem controle - Apesar de o crime de furto em residência ser um dos mais corriqueiros, a Sejusp (Secretária de Estado de Justiça e Segurança Pública) não tem dados específicos. O órgão contabiliza apenas no geral, ou seja, qualquer tipo de objeto furtado.

Desde fevereiro, a reportagem tem solicitado por meio da Lei de Acesso à informação, os números específicos de furtos à residência, mas a resposta é de que não é possível dividir os roubos e furtos por ações especificas. 

Na tarde de segunda-feira (1º), por exemplo, o guitarrista, cantor e lenda do blues, José Geraldo Rodrigues, 62 anos, conhecido como Zé Pretim, teve a sua casa, no Bairro Amambaí, região central, arrombada e invadida por bandidos que furtaram o botijão de gás, eletrodomésticos e todo o seu figurino.

O músico tornou pública a situação através de seu perfil em uma rede social na internet. Zé Pretim disse que estava visitando a irmã e quando retornou à sua casa encontrou tudo revirado. “Levaram uma mala com minhas melhores roupas”.

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