ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
JUNHO, DOMINGO  15    CAMPO GRANDE 26º

Capital

Intimada, prefeitura tem até 10 de fevereiro para aplicar reajuste da tarifa

Prazo de 15 dias úteis começou a correr para que se cumpra decisão em ação do Consórcio Guaicurus

Por Silvia Frias | 22/01/2025 12:08
Intimada, prefeitura tem até 10 de fevereiro para aplicar reajuste da tarifa
Aditivo de contrato prevê que a nova data base para reajuste seja em outubro (Foto/Arquivo)

A Prefeitura de Campo Grande tem até o dia 10 de fevereiro para cumprir decisão judicial que determina o reajuste da tarifa do transporte coletivo, hoje, fixada em R$ 4,75. Esse é mais um capítulo da disputa com o Consórcio Guaicurus que, desde 2023, reivindica judicialmente a revisão contratual e a alteração da chamada tarifa técnica, esta, paga pelo poder público à empresa.

No último dia 9 de janeiro, o juiz da 4ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos, Marcelo Andrade Campos Silva, determinou que o Município de Campo Grande comprove o efetivo reajuste da tarifa, em prazo de 15 dias, sob pena de aplicação diária de multa de R$ 50 mil.

Este reajuste, segundo a ação do consórcio, deveria ter sido dado em outubro de 2024, o mês-base para aumento, conforme previsto em aditivo contratual de abril de 2013.

Dos três citados na ação, o Município de Campo Grande foi notificado na última segunda-feira (20). Pelo prazo processual, em que se leva em conta os dias úteis, excluindo o dia 20, que foi o início, a ordem deve ser cumprida até 10 de fevereiro.

Os outros dois órgãos que tem mandado de intimação ainda não foram oficiados: Agetran (Agência Municipal de Trânsito) e Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande).

A reportagem entrou em contato com a prefeitura de Campo Grande desde dia 13 de janeiro para saber sobre a intimação e, hoje, sobre o cumprimento da determinação, mas não obteve retorno.

No último dia 13, a prefeita Adriane Lopes disse que o novo titular da Agereg, José Mário Antunes, iria "trabalhar nessa pauta". A reportagem também tentou contato com o diretor-presidente da agência, sem retorno.

A assessoria do Consórcio Guaicurus informo que não o assunto não será comentado.

Briga – Desde 2023, o consórcio está em disputa judicial com a Prefeitura de Campo Grande para garantir o reajuste previsto no contrato válido por 20 anos, firmado desde 2012. Além do aumento anual em outubro, com sendo o novo mês-base, o acordo prevê revisão a cada sete anos e mudança na tarifa em nome do reequilíbrio econômico da concessionária.

É pedido, ainda, a alteração da tarifa técnica para R$ 7,79, esta, um valor pago pela administração municipal ao Consórcio Guaicurus, ou seja, a diferença de valor que o poder público assume sobre o que é pago pelo usuário. Na teoria, este gasto deve ser absorvido pelo poder público e não influenciar na conta final da tarifa do transporte coletivo, cobrada da população.

Em outubro de 2023, a Justiça concedeu tutela de urgência para determinar o reajuste da tarifa, tendo como base o mês de outubro, além da revisão contratual. A Agereg recorreu, interpondo agravo de instrumento, que foi negado.

A prefeitura de Campo Grande entrou com pedido de suspensão, que foi liminarmente deferido pelo TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), mas somente para suspender a revisão contratual e mantendo a obrigação de reajustar a tarifa.

O Consórcio Guaicurus recorreu ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) para que a decisão inicial fosse cumprida.

O objetivo era fazer valer decisão do TJ-MS dada no dia 25 de janeiro deste ano, quando o desembargador Eduardo Machado Rocha, da 1ª Câmara Cível restabeleceu os efeitos de liminar concedida em 1º grau que determinava a aplicação do reajuste do transporte coletivo, esta, concedida em outubro de 2023, pela juíza Cíntia Xavier Leteriello, da 4ª Vara Cível.

O STJ deferiu o recurso em fevereiro do ano passado e, em dezembro, o TJMS reconheceu a decisão.

Mas, segundo os advogados do consórcio, a prefeitura “vêm criando embaraços para cumprir os comandos proferidos pelo juízo”, motivando, assim, a aplicação da multa em outras duas oportunidades e novamente aplicada em janeiro deste ano.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.

Nos siga no Google Notícias