ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEGUNDA  29    CAMPO GRANDE 31º

Capital

Investigados por golpe com mais de 60 mil vítimas deixarão cadeia na segunda

A demora, conforme defensor, se deve ao sistema do plantão do judiciário no feriado prolongado

Guilherme Henri | 18/11/2018 11:36
Celso Ede (de camisa) foi preso em 21 de novembro pela Polícia Federal. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Celso Ede (de camisa) foi preso em 21 de novembro pela Polícia Federal. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

Celso Eder Gonzaga de Araújo e Anderson Flores de Araújo devem ser soltos na segunda-feira (18), revelou o advogado Arlei de Freitas. Os dois conseguiram habeas  corpus do Supremo Tribunal Federal na última sexta-feira (16). Eles são investigados na Operação Ouro de Ofir, por aplicarem golpes em mais de 25 mil vítimas em todo o Brasil “vendendo ilusão”. Eles estavam presos há quase 1 ano em Campo Grande.

A demora, conforme o defensor, se deve ao sistema do plantão do judiciário no feriado prolongado. 

A decisão é do ministro Ricardo Lewandowski. Na certidão, o ministro concede “ordem de ofício, para suspender a prisão preventiva decretada, se por outro motivo não estiverem presos, com a aplicação de medidas cautelares".

Além disso, o documento informa que “o assunto tratado no mencionado processo, excede prazo para instrução".

Golpe - No decorrer de quase um ano, os investigados tiveram pelo menos quatro habeas corpus negados entre a Justiça de Mato Grosso do Sul e a federal.

A primeira fase da operação foi deflagrada em 21 de novembro de 2017, com as prisões de Sidinei, Celso Eder Gonzaga de Araújo e Anderson Flores de Araújo. Os dois últimos eram responsáveis pela operação Au Metal.

Nesta etapa, a polícia apontou 25 mil vítimas. Com o prosseguimento das investigações, a PF calculou que são 60 mil vítimas em golpes similares ao da SAP e Au Metal. 

Em 18 de abril deste ano, a segunda fase da Ouro de Ofir prendeu, em Brasília, Sandro Aurélio Fonseca Machado. De acordo com a investigação, ele se apresentava como sobrinho do ex-presidente José Sarney e emitiu cheques sem fundos com valor de R$ 2 bilhões.

A Ouro de Ofir investiga organização criminosa que vende ilusão: a existência de uma suposta mina de ouro cujos valores, repatriados para o Brasil, são cedidos, vendidos ou até mesmo doados mediante pagamento.

Para repatriação, 40% de uma altíssima soma de dinheiro ficaria com o governo federal, 40% doado como ajuda humanitária e 20% para a família de Celso Eder Gonzaga de Araújo, que também está preso. Em geral, o investimento inicial era de mil reais para um resgate financeiro futuro de R$ 1 milhão.

Nos siga no Google Notícias