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Capital

Juiz diz não a pedido de liberdade para empresário que matou vendedora

Marta Ferreira | 21/10/2011 18:02

Ele rejeitou argumento da defesa, que pedia pelo menos a prisão domiciliar, alegando que empresário tem saúde debilitada

Ao sair de carro, após matar vendedora, empresário teve de ser desarmado e imobilizado, afirma juiz em decisão que manteve prisão. (Foto: Wendell Reis)
Ao sair de carro, após matar vendedora, empresário teve de ser desarmado e imobilizado, afirma juiz em decisão que manteve prisão. (Foto: Wendell Reis)

Foi um não a resposta do juiz Alexandre Ito para o pedido de liberdade feito pela defesa do empresário José Alberto dos Santos Rosa, 70 anos, que matou, com um tiro nas costas, a vendedora Rosana Camargo de Assis, no dia 8 de outubro, quando ela estava ao volante de um Corolla. O motivo do assassinato, segundo as investigações até agora, tem a ver com um rompimento do relacionamento dos dois, não aceito por José Alberto.

Os advogados de José Alberto, do escritório Renê Siufi, pediram para que ele fosse mantido, pelo menos, em prisão domiciliar até o julgamento, o que também foi negado pelo magistrado. A alegação principal da defesa é que o empresário tem a saúde debilitada pela hipertensão, diabetes, depressão e problemas ortopédicos.

“Em que pesem os problemas de saúde narrados pelo requerente, não há provas de que esteja extremamente debilitado por motivo de doença grave. Ademais, a prisão decretada não impede o recebimento dos tratamentos de saúde que se fizerem necessários”, escreveu o juiz em seus despacho.

Desconfiança-Alexandre Ito também considerou que o comportamento do empresário logo após o crime foi “furtivo”, o que provoca incerteza sobre o que faria se fosse colocado em liberdade ou em prisão domiciliar.

O despacho retrata que, ao ser abordado por dois policiais, ele deixou o Corolla onde matou Rosana e ainda manteve a arma em punho, precisando ser desarmado e imobilizado.

Contra o empresário, pesa ainda o fato de Rosana ter registrado boletim de ocorrência contra ele, por ameaça, no dia 25 de agosto. À época, ela informou à Polícia Civil que conviveu durante 7 anos com José Alberto, que haviam rompido há um ano, mas que ele não aceitava a decisão e, nessa data, chegou a ir ao trabalho dela, uma loja no centro, e exibir munição da arma que usava.

O empresário está no Presídio de Trânsito. A acusação contra ele é de homicídio qualificado.

Agora, o caminho para a defesa é pedir a liberdade por meio de habeas corpus ao Tribunal de Justiça.

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